Lee era um chinês, por sinal, muito trabalhador, porém, tinha
um vício terrível que era o de jogar baralho. A lanchonete que tocava estava
falindo, mas, ele tinha uma reserva ainda nas mãos de sua fiel esposa Teng.
Tinha um casal de
filhos: Ieun e Iedoi. Um menininho e uma menininha.
Com o passar do tempo, Lee ficou tão viciado no baralho que
não queria mais saber de trabalhar não. Não dava mais atenção pra sua linda
mulher e, muito menos para seus filhos. Quem se curvava de tanto trabalhar,
passar pano no chão, fazer pastel, kibe, bolinho, esfiha, etc., e servir aos
fregueses cerveja, suco e guaraná era Teng, enquanto Lee, no bar Brasil, (bem
de frente sua lanchonete ficava jogando baralho e tomando umas com seus colegas.
Sucedeu que um dia, entra naquela lanchonete Kicacho, um
negrão africano de quase 2 m de altura que, por sinal, falava muito bem
português. Muito conversador, sorridente, simpático como um cachorro vira-latas
de rua, conseguir conquistar até a amizade de Teng, a chinesa que antes não
sorria nem para o dinheiro.
Alguns amigos de Lee diziam:
- Cuidado com esse negrão, Lee.
- E isso aí: ele está de olho na sua mulher.
Lee, não estava nem aí. Seu negócio era jogar e ganhar
Xii! Os filhinhos de Lee e Teng já estavam sentando no colo
do negrão e, o povo estava cismado com ele. Tomava todas na lanchonete, comia
de tudo e não precisava mais pagar, não. Tudo por debaixo dos panos entendem?
Bem, por falta de aviso não foi: Kicacho, o negrão despertou
a chama ardente do coração de Teng e fez um negócio da China; Levou ela e seus
filhinhos para Sibéria. Antes disso, Kicacho e Teng limparam até o último
centavo de Lee, o chinês do baralho que ficou sem um mísero centavo no bolso.
Que negócio é esse China? Perdeu pro negrão, meu!
(Autor desconhecido. Adaptação: Dr. Boa)
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