domingo, 4 de novembro de 2012

A MULHER LACRAIA



Conta-se a história que havia uma mulher muito ruim, perversa, que rondava pelos quatro cantos da terra. Uma mulher amarga, rancorosa, cínica, fria e calculista, capaz de manipular mentes para depois explodí-las; uma criatura que veio ao mundo para confundí-lo; para infernizar a vida e os viventes; para aterrorizar a todos e a tudo; aquela que violenta, machuca, fere e mata; seus prazeres eram demoníacos, diabólicos; suas idéias tétricas, obcenas e imorais. Um ser que agridia a natureza humana simplesmente pelo fato de existir.
Sepultura era um mistério e continuará sendo para todos. Ninguém nunca descobriu de onde ela veio, suas origens, etc. Este nome “Sepultura” ficou popular, porque ela foi vista várias vezes fazendo sexo com vermes e baratas em cima de sepulturas, em cemitérios. Um coveiro da cidade de Leme, interior de São Paulo, filmou tudo pelo seu celular. A mulher despida totalmente tinha orgasmos múltiplos com seu corpo coberto por vários vermes e baratas. Ela ainda sussurrava, gemia e saía de sua boca um som muito estranho e aterrorizante: “GLUUSS”, acompanhado por uma grande lacraia. O coveiro achava que já tinha visto de tudo no mundo, menos aquilo. 
O pobre velho coveiro, que até então, era um crente evangélico dos fervorosos, tomou cinco litros de pinga misturada com sedativos e foi se encontrar com Deus ou com o Diabo horas depois. Antes de morrer, deixou uma carta relatando tudo o que viu e ouviu e, a prova maior que estava em seu celular. A população da pacata cidade de Leme ficou assustada. Graças a Deus, pelo menos lá, ela nunca mais foi vista.
Por outro lado, Augustinho, um baianinho maluco, viciado em maconha, tava curtindo seu “breu” no farol da barra, praia de Salvador, Bahia, quando, de repente, olha para o lado e vê uma mulher deitada na areia, despida totalmente, coberta com vermes e baratas, sussurrando, gemendo, soltando um som estranho de sua boca, juntamente com uma lacraia das maiores: “GLUUSS”. O que?! Isso era de madrugada, sô! O baianinho jogou sua maconhinha longe e saiu numa correria até o Jardim de Alá, onde morava um pastor evangélico. Tirou o homem de cueca da cama porque queria aceitar a Jesus naquela mesma hora.
Em Cantão, na China, um chinês deixou sua banheira enchendo enquanto comia na cozinha ratinhos vivos, satisfeito, tira seu ropão e vai se banhar em sua banheira de metal paraguaio. Xiii!! Quem estava lá se banhando com vermes e baratas? Sepultura, rapaz! “GLUUSS!” Ele sai peladão pelas ruas de Cantão procurando um canto para se esconder, pois, parte da população chinesa queria lhe dar uma surra de pau. Foi pego pela polícia, contou tudo o que viu e ouviu e, como não foram encontradas provas legíveis e cabíveis, deu-lhe uma surra de kung-fú e o internaram num hospício. Que fim triste teve esse China, sô!
Até então, não se conhecia a ruindade, a perversidade de Sepultura. Ela, ainda, não estava agridindo ninguém; simplesmente, os viam transando com vermes e baratas e só. Aí é que morava o perigo, sô!
Num sábado de verão, num bailão de Terezina, capital do Piauí, Severino tomou todas as pingas e mais uma lá no bailão da peste, onde pra achar mulher bonita, ali dentro, praticamente era quase impossível, mas tinham; era só procurar com paciência que achava. Severino loqueou quando viu uma mulher linda, exuberante, perfumada, muito cheirosa mesmo. A dama estava de vermelho e, não estava acompanhada. Severino se aproximou dela e a convidou para dançar um xote com ele. E dançaram até altas horas. Severino estourou quase todo o seu pagamento com aquela dama que dizia se chamar Maria. Foram para um motel e, lá sim, Severino acabou de estourar todo o seu dinheiro por completo.
Quando a falsa Maria percebeu que ele estava duro feito um osso, ela lhe deu uma surra da peste. A mulher não era fraca não. Fez Severino engolir alhos em grandes quantidades. Ela enfiou sua mão com dedos longos e finos no reto do coitado e arrancou dele muitos vermes. Severino não conseguia reagir, pois, seu corpo todo estava mole. E aquela mulher nua, se satisfaz com aqueles vermes e, como Severino não parava de gemer de medo, ela, estupidamente lhe dá um pontapé na cabeça e ele desmaia. O coitado acorda no dia seguinte pelas dez da manhã, levando cabaçadas de pau de sua legítima mulher. A falsa Maria lhe roubou tudo, até seu carro, suas roupas, calçado e meias e, é claro: seu celular também. Ligou para Candinha (mulher de Severino) e, contou que o peladão todo cagado estava no motel informando-lhe o endereço. Quando Candinha chega lá, tarde demais. A falsa Maria, que era, sem dúvida, Sepultura já estava longe, talvez no Japão, sabe-se lá.
Sepultura gostava de infernizar as pessoas fazendo trotes telefônicos; misturando fezes humanas em musses de bananas (que, afinal, são parecidos); escarrava catarros em patês; espalhava muito açúcar pelos cantos de casas, edifícios, etc; para atrair as baratas, porque delas sim, ela gostava.
Sepultura feriu e matou muita gente. Nunca foi capturada pela polícia, nem por ninguém. Alguns afirmam que ela era um espírito, uma alma penada, mas, tudo isso é tolice. Ela foi vista por muita gente e, se fosse de fato, um espírito, uma alma penada, jamais seria filmada por um celular; jamais conseguiria machucar e ferir muitas pessoas. Que fetiche bizarro e doentio!
Até o momento, Sepultura está isolada de todos e de tudo. Que bom! Não foi vista por mais ninguém em todo o mundo. O número de viciados em drogas, em bebidas alcoólicas chega perto do zero. Por que será, hein?


doutorboacultural.blogspot.com/

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