domingo, 22 de julho de 2012

A REVOLTA DE LULU

Ah se os humanos pudessem me entender! Estou completamente indignado com a forma que todos me tratam, principalmente o meu dono. Poxa vida, Criador! Está certo que, até algum tempo atrás eu não tinha moradia, vivia nas ruas mendigando com meus olhos um pedaço de pão e, muita gente me dava, quer dizer: jogavam os restos no chão para mim; às vezes, em dias de chuva, eu agradecia quando via uma marquise de igreja ou de uma loja para que eu pudesse passar a noite. Então, sempre vinha uma pessoa chutar o meu traseiro e dizer com estupidez: “Sai pra lá, vira-latas”. Nossa! Quanta humilhação e falta de solidariedade para com um cão! Se ao menos entendessem minha língua.
Era uma noite fria de inverno e chovia muito. Fiquei aborrecido porque não achei comida em nenhuma das latas que virei. Que vila pobre! Nem sequer uma cabeça de galinha ou, pra ser mais humilde: um pedaço de pão duro encontrei. Era só lixo mesmo. Tinha preservativos, vidros de pimenta, papel higiênico usado, meias furadas, cuecas e calcinhas rasgadas, livros, revistas, jornais e gibis velhos, cascas de cebolas, etc. Naquela noite dormi com fome e, rezando para que ninguém viesse me chutar o traseiro na marquise da igreja. Parece que Deus ouviu minhas preces de pensamento: enviou um anjo de carne e osso para me tirar daquela situação. O homem me colocou dentro do seu carro e me levou para a sua casa. Que maravilha! Só detestei a gata Mimi que me deu uma olhada superior e arrogante. Mimi podia ficar dentro e fora da casa, tinha passe livre, mas, eu não. Era eu tentar entrar na cozinha, Mimi já me dava umas patadas na cara e, eu, telepaticamente dizia a ela: “Um dia eu te pego, malandra”.
Meu dono jogou lá na área um saco de estopa, deu de dedo no meu focinho e disse-me: “Teu lugar é aqui, entendeu Lulu?” A princípio já detestei o nome que ele me deu. Isso é nome de cadela de rico, caramba! Fazer o que? É assim que todos da casa me chamavam.
Minha função era cuidar da casa pelo lado de fora e, nunca vi antes uma casa ser tão visitada como aquela. Eu ia até o portão e latia, afinal, cães foram feitos pra isso. Ninguém queria falar comigo, é claro e, como se não bastasse ainda me olhavam feio. Vinha meu dono e gritava comigo: “Vai deitar Lulu”. Que raiva! Será que esse cara acha que cães adoram ficar deitados? Que babaca! Acho que todo cão odeia esta frase.
Numa manhã de domingo, eu estava sonolento demais, pois, na madrugada, os gatos, namorados de Mimi, não deixaram ninguém dormir. Não entendo por que diabos choram tanto os gatos mendigando amor. Quando eu protestava, de madrugada querendo intimidar os gatos, lá vinha meu dono me chamar à atenção: “Vai deitar Lulu”. Era a única coisa que esse babaca sabia dizer. Quando acabou aquela maldita miadagem, foi a vez dos passarinhos. Interessante: eles acordam e querem acordar todo mundo também com seus piu-pius. Eu com um sono insuportável e, pra completar, palmas no portão. Era um casal religioso e, dessa vez não lati, fui cumprimentá-los sorrindo e abanando meu rabo, quando a mulher me diz: “Vai deitar cachorro”. Aí eu protestei mesmo. Se eu pudesse pegá-la com meus dentes ela iria pensar duas vezes antes de me mandar deitar. O casal ficou sem entender, mas xinguei de todos os nomes, até que apareceu meu dono e gritou: “Vai deitar Lulu”.
Pois é, não aguentando mais esta vida de cão, fugi para as ruas de novo. Quem sabe aparece outro anjo de carne e osso para me adotar e, tomara que seja diferente daquele babaca. Será que Dr. Boa pode me ajudar?

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Antes e depois

 Francamente, antes e depois... continuam horríveis e somente o diabo vai aplaudir seus pés no inferno, mocréia.

São horríveis!

Apresse o atestado de óbito, doutor. Esses pés são provas da minha vontade de morrer.

ONDE QUERES CHEGAR COM UMA SANDÁLIA LINDA DESSA, MOCRÉIA?

Isto é horrível! Deveria ser invisível. Um peido, um dísel. Que horror, meu amor!

quarta-feira, 18 de julho de 2012

UM VELHINHO HUMILDE


Consultei outro dia um senhor bastante idoso e fiquei admirado com o tamanho da sua humildade. Engraçado, geralmente, pessoas, na regra geral, que são conformistas diminuem tudo, até mesmo a vida. Acompanhem.
DR. Boa:
- Como é o seu nome?
Ele:
- Pode me chamar de Nelinho, por causa que o meu nominho é muito complicadinho.
DR. Boa:
- Sem problemas, Nelinho, mas, como eu admiro também os nomes complicados, por curiosidade: qual é o seu nome?
Ele:
- Nelo.
DR. Boa:
- Realmente, é um nome complicado. Qual é o seu problema, Nelinho?
Nelinho:
- Eu tenho uns probleminhas como todo mundo tem, né Doutorzinho Bonzinho, porém, nós vamos levandinho e tocandinho a vidinha com seus porénzinhos e tudinho vai se ajeitandinho, né?
DR. Boa:
- Porém, quais são seus probleminhas?
Nelinho:
- Eu tenho uns filhinhos que até que já são meio crescidinho, só que eles não quer ir tocandinho a vidinha e sugam todinho o meu dinheirinho da minha aposentadoriazinha. Eu queria tanto que eles arrumasse um trabalhinho e fosse trabalhandinho pra pelos menos garantir o leitinho e os docinho dos meus netinhos.
DR. Boa:
- Quantos filhos o senhor tem?
Nelinho:
- Tem o Vicentinho, o Rubinho, o Fernandinho, o Celsinho, a Lucinha, o Robertinho, a Selminha, A Wilminha. Acho que no totalzinho dá uns oitinho. Não são todos vagabundinhos não, mas, a maiorinha é, doutorzinho.
DR. BOA:
- Não sou doutorzinho, sou um Doutor.
Nelinho:
- É verdade mesmo, doutorzinho. Por enquanto eu vou levandinho a vidinha que o paisinho do céu me deu né? E chamandinho pelos anjinhos que me derrame umas bencinhas, e boa, mora?
Confesso que me assustei. De repente, aquele velhinho humilde começou a falar em gírias e me assustei. Parecia estar incorporado pelo espírito do Raul, o Seixas.
DR. Boa:
- Mas, em que posso ajudá-lo, Nelinho?
Nelinho:
- O negócinho é o seguintinho, doutorzinho, tô no baratinho de dar uns rolezinhos pelos mundinhos de Deus.
DR. Boa:
- Não seria “deusinho?”
Nelinho:
- Não, porque Deus já é meio grandinho, né tiozinho?
Essa já foi demais. O velho com a idade de ser meu avô me chamando de tiozinho?
DR. Boa:
- Tiozinho?! Não sou tio de ninguém e muito menos do senhor. Acho uma boa idéia o senhor dar um rolezinho sim, vovô. Aceita um café?
Nelinho:
- Mas é cafézinho?
DR. Boa:
- Sim, é cafézinho.
Nelinho:
- Mas é café ou cafézinho?
DR. Boa:
- Cafézinho.
Nelinho:
- Mas, tiozinho...
Dei um murro na mesa e por pouco não quebrei meus dedos.
DR. Boa:
- Vai tomar ou não, vovô?
E aquele velhinho tomou umas três xícaras do meu café curtido a vapor “raspe fora”. Rajadas de peidos multiplicativos fizeram com que ele fosse embora.
Pois é, gente, nem sempre posso ajudar a todos. Fiquei pensando: o que será que eu poderia fazer para ajudá-lo? Afinal, o que será que ele queria? Mas, desconfio que ele ainda volta.

terça-feira, 17 de julho de 2012

GRÁVIDA DE UM ANJO



Meu nome é Elisandra, tenho 21 anos. Sou evangélica e leio muito a Bíblia, que, aliás, é o meu livro de cabeceira da cama. Não gosto das coisas do mundo, como: ver televisão, bailes e baladas, usar maquiagens, roupas escandalosas, etc. Procuro fazer o melhor para agradar a Deus.
Moro só com a minha mãe, que diferente de mim é muito mundana. Vive infernizando-me para eu cortar pelo menos as pontas dos meus cabelos, usar umas maquiagens, arrumar um namorado e esses papos satânicos. Sou noiva de Jesus apenas e, não adianta insistir.
Sei que a carne é fraca e, confesso que tenho desejos também como outras moças cristãs ou não. Às vezes chego a molhar minha calcinha de puro orgasmo dentro da igreja quando assisto a pregação do meu pastor que, também se chama Jesus. Depois que isso acontece caio num choro terrível e começo a clamar, a clamar e, sinto que algo divino consola-me.
No silêncio do meu quarto, sempre leio a Bíblia e, ultimamente coisas estranhas vinham me acontecendo, sempre na calada da noite. Primeiro: minhas vistas começaram a arder e, então, dispensei a Bíblia, apaguei a luz e tentei dormir. Segundo: bateu-me um tesão daqueles que queimam. Peguei meu travesseiro e comecei a brincar com ele até chegar ao prazer, entende? Contei isso para Jesus, meu pastor e, ele disse-me que oraria muito por mim. Disse-me mais: que estava sendo dominada pelo espírito do tesão e, isso poderia não ser nada bom.
Num domingo, mamãe insistiu-me para que eu fosse com ela num baile, mas, eu clamei pelo sangue de Jesus e, ela acabou indo só. Fiquei lá, na solidão do meu quarto clamando, clamando, quando, de repente, um anjo visitou-me. Este anjo puxou meus cabelos com estupidez e, eu clamando, clamando, deu-me um beijo de língua daqueles lascados na boca; tirou minha blusinha, meu sutiã e chupou meus seios e até mordeu seus biquinhos e, eu clamando, clamando, ele desceu minha calcinha com violência, deu-me uns tapas na bunda e, eu clamando, clamando e ele me penetrou. Aí foi que eu clamei de vez mesmo. Não imaginava que era tão grande o membro daquele anjo. Gemi, chorei, sussurrei e é claro: clamei muito, mas, o espírito do tesão foi mais forte que acabei tendo um orgasmo múltiplo. Tomei um banho e, quando voltei para o meu quarto aquele anjo mau ou bom (sei lá) não estava mais lá. Fui para a igreja. Eu precisava desabafar isso com Jesus, o meu pastor. Só que dei azar: ele não estava lá. Somente a pastora Jucéia, a esposa dele. Disse-me que Jesus estava meio adoentado e quem iria dirigir o culto naquele domingo era ela. Que droga! Voltei para casa. Eu mal podia andar. Queria saber se aquilo que ocorreu comigo era algo divino ou não, só isso. Na terça-feira seguinte tinha culto e o pastor estava lá na igreja, mas, não me deu muita atenção. Disse-me apenas em particular que já sabia de tudo porque lhe foi revelado e eu não precisei lhe falar mais nada. Só que, três dias depois, meu pastor Jesus juntamente da pastora Jucéia, sua mulher foram embora da cidade de Colombo, Paraná e, nem sequer, deixaram endereço. Agora, estou confusa Doutor Boa: eles eram de Alagoas, mas isso não importa. Estou grávida de um anjo e queria saber se é de um anjo bom ou mal.
DR. BOA:
- Elisandra, você é uma maníaca sexual das mais sem vergonhas que já pude presenciar. É histérica e, tem um lado esotérico: é louca. Pula santa! Não brinque com o oculto, com o desconhecido porque você pode se machucar, garota. Não deve e nem pode ficar em cima do muro: ou vai ou racha santa. Até quando você vai ficar se escondendo da verdade? Teu negócio não é Jesus, é Jesus, entendeu? É evidente que seu pastor é um pilantra e, notou que você estava caidinha na dele. O tarado Jesus não perdeu tempo. Jesus é um camarada mal preparado e já deve ter cantado outras alopradas assim como você. Grávida de um anjo? Você toma gardenal? Sua mãe estava certa quando lhe dizia para mudar seu visual, boneca. Quem você quer enganar? Não existe nada desse papo de revelação e, esse tal Jesus não passa de um sem vergonha, isto é: Jesus, o pastor da sua igreja. Não entendo por que é que certos pais têm o péssimo gosto de dar nomes bíblicos para nenês modernos. Isso dá uma confusão das bravas. Zele bem da criança que vai nascer que é a melhor coisa que você vai fazer. Não aconteceu nada de estranho com você, acalme-se. Você simplesmente sente desejos como qualquer pessoa saudável e normal. Que espírito de tesão é este, garota?! Pula santa! Jesus, o safado, o Drácula das mocinhas virgens te ganhou no papo e você caiu só isso. Não brinque com as coisas sagradas e respeite a Deus que é o Autor da Vida, ok?

segunda-feira, 16 de julho de 2012

PAPO BOM DO “BOA” (Parte 1)



As evidências biológicas transcendem a consciência da natureza humana. São fatos vivenciados e comprovados pelos sábios da ciência, porém, aquilo que é oculto jamais será descoberto e não adianta perguntar ao Google porque nem ele, nem eu sabemos de tudo.
Imagine tudo aquilo que convém ao teu cérebro minúsculo composto de veias fininhas que circulam sangue, o qual define especificadamente a cor da vida. Procure entender o óbvio da vida, como por exemplo: o escuro não é claro justamente porque é escuro, é claro; um negrinho pode ser achado nas trevas se ele sorrir; você irá notar que mesmo no escuro seus dentes continuam claros e isso pode ajudá-lo a identificá-lo; já, o lourinho, você captura mais fácil na noite, sorrindo ou não vai entrar no cacete, se for o caso.
Você pensa que tudo o que pula é feliz? A pulga, por exemplo, nasce pulando e assim passa a sua infância, sua adolescência, sua juventude, sua terceira idade pulando. Por quê? Porque não aprendeu a andar como a formiga e, provavelmente isso não tem a menor importância para ela.
Pernilongos e todos os chupins foram criados para chupá-los e não querem saber de maionese. Não insistam. As moscas de Moscou são russas, como as do Paraguai são paraguaias e assim, também são com as lacraias.
Todos peidam, inclusive as borboletas. O gás está em toda a parte do universo, Celso. Ta filmando, Fernando? Olha a careta daquela praga, está se torcendo todo por que, Wilma? Filma. Do seu ventre virão, provavelmente, peidos ou presépios semelhantes à musses de bananas. Isto é lógico. Assim trabalha a natureza.
Quem garante que a goiaba não sente dores quando é comida? Afirmam certos cientistas das frutas que há espécies de goiabas que até coçam.
Voltando ao pulo: nem tudo o que pula é feliz. Coitado do milho! Aprendeu a pular porque o óleo quente fritou e cozinhou sua bunda, era amarelo, ficou branco e trocou até de sexo: virou pipoca. Resumo do milho: veio ao mundo para ser comido.
Eu admiro o gato porque este felino pula na hora certa. Ele pode até morrer caso resolva pular de um prédio de vinte ou mais andares, mas, morrerá de patas e, de pé, entendestes?
Sou contra a matança de qualquer bicho, principalmente os insetos que, comparados a nós, “bundas ósseas” são frágeis demais. São, na regra geral, criaturas dóceis e, por sinal, adoram uns docinhos. Não matem eles porque vocês irão prestar contas no juízo final, ok?
Sereias jamais terão joanetes, rachaduras, frieiras ou chulé, justamente porque não têm pés.
As baratas se reúnem e suas antenas captam muito mais do que as antenas parabólicas. Você pergunta por que elas têm asas e um monte de pernas? Justamente, porque foram criadas assim. Por que foram criadas assim? Talvez para que não fossem confundidas com os tomates cortados em cubinhos. Giré é foda, não é não?
Sebastião era um homem muito inteligente, Vicente. Tinha um chulé tão forte que quando tirava seus sapatos os urubus faziam campo de aviação no telhado do seu barraco. O espertalhão tinha oito filhos e todos boys. Foi tão inteligente que montou uma pequena fábrica nos fundos de seu barraco. Dona Júlia, sua esposa, fazia umas friturinhas de trigo, colocavam dentro de um balde e levava para serem curtidos pelos pés do marido e de seus oito filhos. Cheetos caseiros pode crer.
Sabino era um molequinho intransigente e impertinente que tudo queria saber. Fazia cada pergunta para a sua mãe surda e muda que nada podia dizer e nem tão pouco escrever por terem suas duas mãos amputadas. E lá vinha o molequinho:
- Mamãe, borboletas peidam? Por que existem variados tipos de chulé como o doce, o salgado e o azedo? Por que as galinhas gostam tanto de pintos? É verdade que todo boi um dia já foi boy?
Então, para instruir um pentelho desse o que é preciso fazer primeiro? Dar-lhe uma boa surra, uma cabaçada daquelas, de preferência de chicote salgado, fazer rezar de joelhos no milho (olha o retorno do milho) e, depois explicar a ele docilmente como é que trabalha a natureza. Por que é que têm luzinhas os vagalumes, Rubens? Por que é que errado não é certo, Roberto? Por que é as cobras tem astúcias, Maria Lúcia? Céu meu, quero dizer: Selminha sei que você está num lugar muito lindo, além desta terra; seu céu é com “s” e vê se manda o inglês correr com esse papo de Sky, ok?

domingo, 15 de julho de 2012

DR. BOA RESPONDE (Parte 7)



- Meu nome é Ismael, tenho 48 anos. Apesar de eu não ser adepto a religiões gosto muito de ajudar os outros, porém, quando me encontro em apuros, principalmente, financeiros, ninguém me ajuda. Acho que as pessoas, na regra geral, são ingratas. Não vou mais ajudar ninguém.
DR. BOA:
- Ismael, não fique esperando recompensas ao praticar boas ações, pois elas virão no tempo certo. O sentimento de gratidão é exaltado pelo próprio universo. Quem planta colhe; quem dá recebe. Esta é a lógica da vida. Ao invés de criticar os ingratos, elogie-os. Se estes elogiados estiverem ausentes, sua atitude será mais educada ainda e, com certeza, quem será exaltado pelo Autor da Vida é você.

- Meu nome é Eduardo, tenho 53 anos. Caramba, doutor! Não sei o que acontece comigo, pois, tudo o que eu faço da errado. Sou profissional, desenho há mais de quarenta anos e meu trabalho não é reconhecido. Fico revoltado com isso e, quer saber? Nem teto eu tenho pra morar. Alguém precisa me ajudar.
DR. BOA:
- Ninguém é obrigado a lhe ajudar a não ser você mesmo, Eduardo. Se teu trabalho não está sendo reconhecido é porque alguma coisa está errada em sua vida, por isso é que tudo aquilo que faz está dando errado. Aprenda com teus erros o certo e, principalmente os acertos. Cative boas amizades porque elas existem; pois, “elas” valem muito mais do que todo o ouro e toda a prata que existe neste mundo; não espere nada de ninguém porque isso é ridículo. O resultado de todo o trabalho costuma dar bons benefícios, inclusive um teto para morar.


A TRAIÇÃO






Meu nome é Cremaldo, tenho 45 anos e, como muitos, também tenho uma história para contar.
Sempre fui uma pessoa pacífica, humilde e de bem com a vida. Muito sentimental, choro até pela morte da cigarra que morre cantando. Basta eu ver, ouvir ou ler algo que me emocione e, já é motivo para eu chorar.
Sempre gostei de fazer caridades. Já aconteceu de eu descalçar meus sapatos e meias novas e calçar um mendigo de rua e eu voltar pra casa descalço; de eu dar a mistura da “bóia” pros “nóias” e comer apenas feijão com arroz; de eu dar dinheiro e pertences a bandidos sem eles precisarem me assaltar.
Só que o ser humano, na regra geral, é ingrato. É você dar a mão pra ele e ele te pedir o pé; dar ajuda a ele e ele te pedir a... para com isso!
Descobri que a ingratidão está incorporada até mesmo no reino animal. Deixe tua mulher dar bola pro bode pra você ver o que vai acontecer. O bode vai querer mostrar o seu lado “homem” e a cabra vai ficar no “bé”.
Certo dia, estava eu tomando um café numa padaria, numa noite bem fria de inverno, no centro de Curitiba, capital do Paraná, quando, de repente, vejo atravessar a rua e, vindo na minha direção um cachorro. Meu Deus! Aquele frio de gelar os ossos e o pobrezinho sem blusa. Dei-lhe o nome de Lulu. Paguei a ele uma esfiha, depois um x salada, uma porção de torresmos e um pingado duplo. No frio Lulu não poderia ficar. Chamei um taxi pelo o celular e o levei para a minha casa no bairro Pilarzinho. Chegando lá, o agasalhei com minha blusa de lã que comprei no Chile e, Lulu achou foi bom demais. E, naquela noite Lulu dormiu no sofá da sala, mas, deixei a porta do banheiro aberta caso ele quisesse fazer suas necessidades biológicas ou fisiológicas como defecar e urinar ou, pra simplificar: cagar e mijar entendeu?
Fui para o meu quarto aquecer os pés de Nice (minha mulher), fazer um “mãe love” e, após as gotas, dormi por honra e mérito. Cumpri minhas boas ações. Assim que o galo cantou as 05h01minas em ponto da manhã (é claro) pulei da cama feito a pulga Júlia. Fui para a sala e... vixi, Nice! Que imundície! Entrei em crise. O diabo do Lulu devorou com seus dentes caninos a blusa de lã que comprei no Chile e, olha lá: o sofá? Lulu fez buracos até nos pés e, como se não bastasse encheu de presépios, ou melhor: de bostas mesmo os quatro cantos da minha sala. Não sei como ele conseguiu fazer isso, mas, tinha bosta até no teto da minha estante. Que bicho é esse? Peixe? Não. É o diabo do cão que eu trouxe pra casa.
Eu tinha lá no depósito umas madeiras que comprei no Pinheirinho e, naquele dia nem fui trabalhar. Fiz uma casinha pra ele do tipo e botei o bichinho pra dormir lá. Lulu dormia feito um rei baiano o dia todo e, durante a noite, o filho da peste não deixava nem os galos dormirem. Tadinho dos meus galos! Eles acordavam tão cedo! Era cair uma folha seca no chão e a zoeira já estava pronta: Lulu latia tanto que até se mijava. E o latido do capeta era tão ardido feito um alho num ovo cozido ou fora do ovo também.
Numa madrugada, tava aquele maior silêncio, eu cuidava até mesmo pra respirar mais baixo pra não incomodar o Lulu. De repente, não teve jeito: Nice soltou um peido porque não deu pra segurá-lo mesmo, ela confessou. E aó, danou-se tudo: peido mudo fede mas não faz barulho. Lulu latiu tanto que deve ter incomodado até as formigas, fora a polícia que bateu no meu portão dizendo que aquela era hora de dormir. E Lulu se rolava, babava, cagava, latia, espumava e, depois que a polícia foi embora, tive que chamar o Hilário, um excelente veterinário, que, por sinal, era muito meu amigo, apesar de viver sempre fodido. Só que, quando Hilário chegou, Lulu dormia feito um Faraó no maior xodó. Fazer o que? “Assim caminha a humanidade”, né? Pra que Hilário não perdesse a viagem, servi o cabra com um café bem reforçado com torradas e manteiga (não margarina), dei-lhe um bom dinheiro e ainda paguei um taxi pra ele ir para Tamandaré de onde veio a pé.
Numa noite (aliás, não tem como eu me esquecer dessa noite) cheguei no portão da minha casa e não vi Lulu na área onde ele costumava ficar. Eu voltava de uma viagem e queria fazer uma surpresa para minha Nice. Abri o portão bem devagarinho, tirei meus sapatos e andei na ponta dos pés pra não fazer barulho por causa do Lulu. De certo ele estava nos fundos da casa sentindo o cheiro de uma cadela no cio, pensei. No corredor escutei um “rick reca pelepeteca” que vinha do meu quarto. Eu sou sábio. Sem dúvida, era o ranger da minha cama, eu já conhecia aquele barulho. Eu sou sábio. Doutor Boa, eu esperava de tudo nessa vida, até mesmo o advento, ou seja: a volta de Jesus, menos o que Nice me fez. Abri a porta do meu quarto num pontapé só e, quem estava na minha cama? Eu sou sábio. Eu não merecia isso. Eu que fui sempre um homem presente, prestativo, caridoso, amoroso, fiel, amigo, companheiro, marido, bonito, etc; deparei com uma cena das piores que já vi em toda a minha vida. Meus pensamentos se multiplicaram naquele instante e fiquei indagando como Marvin: “O por que de tudo gostaria de saber. Onde ela está não consigo compreender”. Pois é, Doutor. Ela deixou um bilhete que dizia: “Precisei ir embora. Levei o Lulu comigo. A bóia tá no freezer, é só esquentar”. Só não entendo este mistério, Doutor: E o “rick reca pelepeteca?”
DR. BOA:
- Cremaldo, em seus 45 anos de vida ainda não aprendeu a ser homem? Você coloca em sua história um egoísmo muito absoluto exaltando unicamente a si próprio. Quer provar que é perfeito pelos adjetivos: pacífico, humilde, sentimental, caridoso, etc; para que as pessoas te admirem? Onde é que já se viu pagar para um cachorro uma porção de torresmos e um pingado, rapaz? Você simplesmente fez isso para causar boa impressão. Isso é ridículo. O fato de você ter levado um cachorro para a sua casa é realmente um gesto humano, mas, espera aí: agasalhá-lo com sua blusa de lã comprada no Chile, em Alphaville, em Joinville ou nos quintos do inferno já e demais. Como se não bastasse ainda cedeu sua sala para o animal. Parabéns a ele por marcar território até mesmo no teto de sua estante. Primeiro: você não educou esse bicho; segundo: lugar de cachorro não é dentro de casa. Dar amor a um animal é principalmente educá-lo e não mimá-lo, meu jovem. Ninguém está interessado em saber onde é que você comprou a madeira que serviu para fazer um abrigo para o seu cão. Quanto aos latidos impertinentes do seu cão pela madrugada faltou a tua voz de “homem” na educação deste animal. Outra coisa ridícula que você relatou em sua história absurda é: que a ingratidão está incorporada até mesmo no reino animal. Animais são irracionais, compadre. Apesar de tudo, costumam ser gratos sim, mas, isso é por natureza; não entendem o que é fidelidade, etc. Se a mulher der bola pro bode quem vai botar chifre na cabra é ela e não o bode. Só estará provando que vale menos do que uma cadela. Você é um cara chato, intransigente, tem o péssimo defeito de espalhar a notícia de sua gratidão para os outros. Pra que humilhar a margarina e exaltar a manteiga? Isso é coisa de besta. Quanto ao mistério do “rick reca pelepeteca” eu te explico: quando a mente do sujeito está poluída de total podridão, ele não só ouve, como também vê coisas que não existem. Entendestes? Sua mulher foi embora e levou seu cachorro porque, talvez, não estava te suportando mais, ok? Mude de página ou fique com as lágrimas em sua história. Aprenda a ser homem e boa.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

A EVOLUÇÃO

Estamos no ano 5.515. Tudo evoluiu gente e eu sou das antigas. Recordo do passado, como tudo era difícil. Naquela época, (isso há milênios atrás) as pessoas precisavam (na regra geral) de veículos como automóveis, trens, metrôs, etc.; para se locomoverem ao trabalho, ao lazer, etc.; hoje, temos asas como os anjos que, naquele tempo eram superiores a nós. Tudo evoluiu.
A história conta e, eu sou testemunha disso, que os humanos tinham uns aparelhinhos chamados de celulares para se comunicarem-se uns com os outros a distância, e, tais aparelhinhos tocavam até musiquinhas, davam horas, enviavam e recebiam mensagens. Como o pensamento humano era atrasado, Giré! Hoje, não precisamos teclar mais números, basta apenas pensarmos em alguém e já recebemos sinais telepáticos. Ninguém mais precisa de relógio, pois, toda à hora é agora, é só olhar para o céu e, quando estamos em ambientes fechados é só tocamos em algo e já sabemos da hora exata.
Há milênios atrás, os cães latiam porque não eram evoluídos. Hoje, já se comunicam com nós numa linguagem mais clara que até um bebê anti peidão entende, graças à língua canina. Se animem cadelas! Quero dizer: meninas. Que maravilha!
Quem diria que o homem hoje pode morar na Lua, em Marte, Vênus, etc.; graças ao oxigênio implantado nesses planetas vizinhos. Hoje temos o foguete universal e podemos estar em qualquer parte do universo. Não existe mais pobres e cada um de nós tem a sua moradia de ouro, outros de prata, rubis e diamantes; ninguém precisa mais carregar no bolso papéis como documentos; hoje o bebê já sai da maternidade pronto graças ao “chip família”. Se no percurso de sua vida ele sair da linha, este chip explode. Todas as informações precisas estão infiltradas em sua memória cerebral.

(NÃO Percam o final desta emocionante história)

domingo, 8 de julho de 2012

NAMORADA DA RIMA

Consultei outro dia uma moça e fiquei impressionado com tal história pela quantidade de rimas proferidas por ela. Acompanhem.
DR. BOA:
- Teu nome?
- Ivone.
DR. BOA:
- Qual é o teu problema?
IVONE:
- Só tenho me azarado com meus namorados. O Eduardo era muito enjoado e sempre estava ocupado; o Nonato era muito chato e tinha chato até nos pêlos do saco; o Leonardo vivia gripado até morreu como o Romeu de tanto fumar “breu”: o Amado não passava de um viado; o Natan era ruim feito Satã; o Vicente sempre com dor de dente; o Prado com dentes estragados; o Maurício só pensava em serviço; o Roberto nunca estava por perto; o Joaquim nunca estava a fim, sabe? Igual o Árabe; o Augusto me dava susto com seus soluços; o Afonso era muito sonso; o Almeida era um “pula peida”; o André era um “pé chulé”; o Inácio gostava da vida fácil; o Pereira só falava besteira; o Lucas era um sangue suga; o Leopoldo era muito gordo; o Pablo era muito magro; o Eliseu só pensava em Deus e, bem naquela hora igual o Dora; o João era muito cagão igual seu irmão Abraão; o Timóteo tinha um coração repleto de ódio; o Edson só queria fazer sucesso; o Padilha tinha problema com sua família; o Fernando era muito falante; o Bernardo era muito calado; o Cartola tinha fama de “boióla”; o Alfredo era um peido e não guardava segredo; o Lourenço era muito nojento; o Fabiano gostava de me dar o cano; o Lêvado só vivia bêbado igual seu irmão Massa que morreu na cachaça; o Louro era muito louco; o Jura tinha muita frescura; o Edú gostava de dar o...
DR. BOA:
- Pode parar Ivone. Vai começar Passione. E o BOA?
Ivone:
- O Boa é bom.
DR. BOA:
- O Boa é bom, mas, pra você o melhor é o Elefante, ok?
Ivone:
- Como sabe, DR gurante que meu namorado atual é o Elefante?
DR. BOA:
- Quem sabe eu sou um cartomante.

sábado, 7 de julho de 2012

DR. BOA

Um ser ciente, presente, uma consciência a serviço, de serviço, um expoente para ser usado, se apoiado.
Esta consciência ouve, escuta, dedica-se ao cociente e ao subconsciente da vivência, da convivência da ausência com o existente lógico, axiológico do ser.
O processo de manifestação pode ser o mesmo, mas, a certificação é outra; esta é a autenticação desta manifestação, necessária pela necessidade existente de alguém. Esta necessidade transcende a materialidade presente e é suprida pela proposta maior num resultado espontâneo da rede mental a que nós estamos inseridos.
A mentalidade existente, sendo modificada pela experiência singular de um ser que é único, Dr. Boa.


“O BEBÊ ÁRABE”

Gente, o Bebê Árabe tudo sabe. É um prazer para mim mostrar para milhões de meus leitores o que é a sabedoria das palavras proferidas por uma boca ingênua de um ser que é exaltado pelos anjos celestiais e suas hierarquias angelicas e muito mais pelos teólogos que vivem em busca de uma única perfeição teológica para fazerem lógicas as suas teorias.
Emocionem e chorem, se necessário, amados, pois, assim como sou fã desse ser extraordinário que é, sem dúvida, o Bebê Árabe que tudo sabe, confesso que, apesar de eu não chorar, choro em pensamento e fico me perguntando: “Como é que pode  a cabra gostar de um bode?” E, aliás, o que isso tem haver, hein? Sorria, Bebê Árabe, pois, você está sendo filmado.
DR. Boa:
- Como posso lhe chamar, Bebê Árabe?
- - دادا دادا أو ما تريد، هل تعلم؟
- Belezilha! Quero dizer: maravilha! Gostas do Brasil?



-  دادا هنا في البرازيل لديها العديد من الناس الجيدين. تماما مثل الدكتور جيد
- Mara é filha! Quero dizer: maravilha! Você sabe falar pelo menos cinquenta idiomas, ok? Não seria uma boa idéia você aprender mais um que é o português?
- البرتغالية؟ أنت مجنون؟ سوف تتخذ في الحمار! Gugu دادا يجد من الصعب للغاية
- Pura ervilha! (E o Marvin não gosta) eu quero dizer: Maravilha! Fiquei sabendo que você gosta dessas músicas novas nacionais brasileiras. Falo dessas sertanejas universitárias, é verdade?
- الحمار وصفعات الحمار ويعطي الحمار وتشا تشا تشو تشو تشو. ما هذا؟
- Pretende ser um shake quando crescer?
- انتقل إلى الكلبة التي تتحمل انت موظر! لا نريد أن تكون هزة. أريد أن أكون مثلك

Gente! O Bebê Árabe é aquele que tudo sabe, entendeu? Pergunte a ele tudo e ele responderá. É simples.
- Bebê Árabe, curte Maria Bethânia?
- أنا أحب هذه المغنية وبالنسبة لي هو أفضل لاعب في العالم.
DR. Boa
- Grande é aquele que sabe, maior é aquele que sabe mais do que aquele que sabe; vem aí: Fernanda, uma garota sábia que não nasceu na Arábia, mas, em Araraquara. Saiba você, filha do Nenê que até os peidos desse bebê árabe são sábios e já foram salvos aqui via internet.
Bebê, quem hoje não é, um dia já foi, sabia? É claro que eu prefiro os beijos e não os peidos, porém, tratando-se do Bebê Árabe, vamos fazer uma breve pausa, ok? Foi comprovado pela ciência de um filosófico lemense, caipira de São Paulo que nunca foi descoberto: “Até mesmo os peidos transmitem amor. Até mesmo os santos peidam, porém, em silêncio e, estes peidos silenciosos são explosivos a fé do cheiro".
(Não perca o próximo capítulo: O BeBê ÍdOlO)

quarta-feira, 4 de julho de 2012

DOUTOR BOA RESPONDE (PARTE 6)



Meu nome é Maria Aparecida, tenho 57 anos. Sou uma mulher muito religiosa e tenho uma fé fervorosa em Deus. Vivo numa solidão constante. Sou solteira, nunca me relacionei com ninguém e também não quero; não tenho amigos, por isso, moro só. Acho que meus desejos nunca serão realizados e eu só queria ser feliz: sair do aluguel e pagar minhas contas, só isso, Doutor.
DR. BOA:
Maria Aparecida é lamentável o que vou lhe dizer, mas, a sua vida é um sortido. Você afirma que é uma mulher religiosa e que também tem uma fé fervorosa em Deus. Eu lhe pergunto: De que vale tudo isso se, por opção própria você escolheu a solidão? Às vezes, nossos desejos não se realizam porque só pensamos em nós mesmos. Parece-me que esse seja o teu caso, minha cara. Para ser feliz é necessário conquistar a felicidade e não é exatamente o que você está fazendo. Ser religiosa e ter fé não quer dizer nada quando se sente só, vazia. Para sair do aluguel e pagar suas contas tem que trabalhar muito, bela. Ou então, ore a Deus (já que a tua fé é fervorosa) para que Ele te envie um homem rico e, seus problemas, pelo menos os da ordem financeira estarão resolvidos, ok?

Meu nome é Joaquim, tenho 60 anos. Trabalhei muito na minha vida. Hoje, sou aposentado e vivo na miséria. Tenho oito filhos e, todos eles estão bem e bem casados. Nenhum deles me ajuda. Sou um fracassado. Nem mesmo uma casa própria eu tenho; moro de aluguel, Doutor.
DR. BOA:
Joaquim, o que é fracasso? O que existe dentro de cada um de nós chama-se “vida”, e, ela, não é um fracasso. No percurso de sua vida o que você criou além de seus oito filhos? Eu presumo que nada. A alegria está em criar, no sentido de crescer. Você simplesmente não criou, não cresceu e, por isso, sente-se hoje um fracassado. Se nenhum dos seus filhos te ajuda é porque existe algum motivo, antes de eu chamá-los de ingratos. Será que você soube educá-los? Creio que não. Você não tem uma casa própria porque foi um conformista boa parte de sua vida; hoje, não tem o direito de cobrar nada do passado porque ele está morto. Caso você tivesse lá atrás, uma dosagem de ambição não estaria hoje na miséria. Pare de se lamentar que, com certeza será bem visto e bem quisto, principalmente para com os seus filhos. Não os peça nada. Ninguém é obrigado a sustentá-lo. Respeite a vida e, ela sim, te dará plena felicidade por méritos.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

OCO, MOLE

Sabemos que oco é aquilo que não tem miolo ou medula; que não tem a substância interna que tinha; vazio, vão, vazado, escavado e, mole é um volume muito considerável. Mas, a estória que segue abaixo não tem nada haver com tudo isso.
Mioco era um japonês calmo, tranqüilo. Era casado com Dona Bidú, uma paraibana porreta de brava que o dominava-o em todos os sentidos. O casal vivia no sertão da Paraíba e não tinha filhos.
Dona Bidú tinha dificuldades de pronunciar o nome de seu marido “Mioco” e, por isso, o chamava de “Oco”. Mandona que só a peste, não parava de dar ordens ao marido e, ela gritava:
- Ocúúú! Mole, rapaz! Vem cá ligeiro salvar o galo que ta se afogando com o leite.
E até que Mioco saísse da sala e chegasse no quintal o galo já tinha se afogado.
- Ocúúú! Mole, rapaz! Tu és um cabra mole demais, visse? Enterra esse galo agora.
E Mioco, na maior tranqüilidade oriental enterra o galo que morrera afogado.
Dona Bidú era uma mulher elétrica e Mioco tinha medo que desse nela um curtociquito e, pega-se fogo na casa e ele morresse queimado ou eletrocutado, coitado.
- Ocúúú! Mole, rapaz! Tu és muito devagar. Onde é que tu tava agora?
E Mioco responde com um sorrisinho sem graça:
- Mioco tava garantido no banheiro, né?
- Ocú, mole rapaz! Leve estes bolinhos de almôndegas pros gatinhos lá fora pra ver se eles para de miar.
- Eles gostam mais garantido de bolinhos de bacalhau, né?
- Diz a eles que eu também gosto, mas, acabou. Ocú, mole rapaz! Vá ligeiro.
- Ligeiro garantido, né?
- Quero ver o garantido hoje a noite debaixo dos lençóis.
Mioco mal acaba de ser vir os gatos e Dona Bidú já o chama de novo:
- Ocúúú! Mole rapaz! Leva estas bistequinhas de porco pros cachorros que eles já estão chorando lascado de tanta fome.
- Eles gostam mais garantido de costela a milanesa, né?
- Diz a eles que eu também gosto, mas, acabou. Ocú, mole rapaz! Vá ligeiro.
- Ligeiro, garantido, né?
- Eu já lhe disse e vou repetir: quero ver o garantido hoje a noite debaixo dos lençóis.
E, quando chegou a noite, Dona Bidú tomou uma ducha bem gelada para refrescar o calor da peste que fazia, perfumou-se toda, botou pra rolar na sonata um som de Amado Batista e, isso, deixou Mioco muito preocupado, afinal, Dona Bidú tinha 1.80m de altura e pesava 150kg e, ele tinha 1.55m e, não pesava mais do que 50kg.
Eta peste! Baba bobo! Peida, Almeida! Dona Bidú se jogou na cama e ficou aguardando o molenga de Mioco que tomava uma ducha.
- Ocúúú! Mole, rapaz! Que demora é essa?
E ele fingiu não escutar.
- Ocúúú! Mole, rapaz!
Até que enfim, ele saiu do banheiro e foi para os braços gordos de sua mulher.
- Muita dor de cabeça garantida, né?
- Dor de cabeça garantida? Que porra é essa? Dê-me uns beijos que logo esta dor vai simbora.
E Mioco beija os lábios gordos de Dona Bidú e quase se afoga; depois acaricia os pezões gordos dela cheios de calos, rachaduras, frieiras, chulé e joanete. Vixi, Nice! Ninguém, merece! E, Dona Bidú queria mais.
- Ocúúú, mole rapaz! Dê uns lambe-lambe nesses pés, meu Nacional Kid.
E Mioco banhou os pés de Dona Bidú até o couro cabeludo dela. Pedala na dela, seu magrela! Quando ela foi conferir para ver se Mioco estava gostando, decepcionou-se de vez.
- Ocú, mole, rapaz! Por essa nem Lázara esperava. Tu tá é doente, cabra! Olha só como é que tu tá suado! Tem que tomar um caldinho quente pra ver se o bicho sobe, “home”.
- Caldinho quente é garantido, né?
E Dona Bidú vai pra cozinha aperreada. Topa com uma galinha folgada em cima da mesa mandando ver na pipoca e a estrangula de tanta raiva.
- Ocúúú! Mole, rapaz! Tu vai comer essa galinha caipira que eu acabei de matar.
- Mas tem que fazer caldinho quente garantido, né?
- Garantido, o diabo, cabra mole! Tu vai comer ela é sangrando mesmo.
E Dona Bidú fez seu marido Mioco comer aquela galinha semi morta. Parece que o coração dela ainda batia. Haja estômago, hein! Naquela noite não deu mais nada, nas noites seguintes também nada e, finalmente, Dona Bidú cansou-se do “Japa” e pediu para que ele fosse embora da sua vida. Seu negócio agora era arrumar um marido “Lampião”, um cabra que tivesse muito gás. Coitado do Japa, gente!
O tempo passou e parece que seu apelido de “Oco Mole”, pegou em todas as redondezas daquele sertão, gente. Pula santa! Não é que o Japa mudou de time? Se ajuntou com Saci Lelê Pererê Nenê, um negrinho que não tinha uma perna, mas, em compensação era um “pé de mesa” e gostava demais de Oco Mole. E os dois foram felizes para sempre. Mas, esse  tal “Black Love” é muito lindo, não é?


domingo, 1 de julho de 2012

São lindos demais!!

Pés como estes tiram pelo menos um homem que eu conheço do sério: "Marvin" Parabéns, pela a sua escolha!

São os pés da colegial? Que música linda, Marvin! Conte pra gente.

"Ela é tão natural, intelectual, excepcional
Ela é tão sensual, modelo sexual
Minha colegial..."
"Como gosta de estudar
Faz de tudo pra aprender
Sabe também ensinar
Maravilhas do prazer"
"Se exibe no colégio, faz de mim o que bem quer
Sou eu seu professor
Já tive o privilégio de beijar seus lindos pés
Tão sexys, sim senhor"
"Tem desejo de me amar
Muito mais me conhecer
Nem precisa me falar
Em seus olhos posso ler"
"Ela sabe que incendeia quando tiro suas meias
Beijo maravilhas gêmeas, são os pés da minha fêmea
Tão sexys, sim senhor"

(Marvin)