domingo, 1 de julho de 2012

O CASO DE LURDINHA


É sério, gente. As histórias que acontecem dia após dia na vida do ser humano não são brincadeiras. Às vezes, um olhar, um piscar de olhos podem gerar uma discussão violenta, briga de foice ou machado e até a morte. Como resolver isso, meu Deus? O povo geme e chora e, por último, se cala. A coisa é séria e, quem sabe eu, Doutor Boa, juntamente da família alagoana “Gonçalves” que tem sangue quente nas veias, conseguiremos resolver certos problemas da população doentia. Quem sabe a Wilma, uma senhora que tudo o que fez na vida foi batalhar e, entre trancos e barrancos, eis aí o resultado de sua batalha: venceu na vida e o que ela deseja é que todos também vençam assim como ela. Mas, tem que trabalhar Nenê. Quem sabe, sua irmã Maria Lúcia também pode ajudar elaborando textos gramaticais para que sirvam de exemplos aqueles que queiram compartilhar uma vida social; juntamente do irmão Rubens que pode retratar o panorama do caos popular em sua pintura. Não se esquecendo do irmão mais novo Fernando, aquele que observa as letras para fazer delas um texto e, este texto vai de fundo na testa do indivíduo até chegar a seu cérebro com o único objetivo de ensinar seus neurônios a acreditarem no crédito das palavras que são um texto. Obrigado pelas palmas.
Peço a todos os meus leitores que façam nesse momento um silêncio mental. Não desperdice energia: desliguem seus rádios.
“Lurdinha caminhava com sua filhinha Leila de apenas cinco anos numa das quebradas da Vila Pinto, em Curitiba, capital do Paraná. Era tarde da noite e os cachorros foram testemunhas do que viram exatamente porque viram tudo. Ela e sua filhinha cruzaram com um homem e, meu Deus! Desliguem o rádio gente, é sério. Eu adoro as crianças e creio que vocês também gostam. Algo muito grave e, eu diria mais: gravíssimo, aconteceu. Lurdinha ficou nervosa, mas, muito nervosa mesmo. Afinal, ela é mãe e, creio que toda mãe ficaria nervosa também”.
“Lurdinha tremia, mas não de medo, de raiva mesmo daquele sujeito e, os cachorros foram testemunhas. Mas, o que houve, afinal? Ou, afinal, o que houve? Desliguem o rádio. Como é que pode um ser humano com carteirinha de vacinação e tudo dar uma dessa? É inacreditável, porém, de fato, contudo aconteceu. Lurdinha jamais perdoaria aquele homem e você, Maria Lúcia? Quem sabe você, Glair perdoaria? Por isso é que eu digo: desliguem o rádio e prestem atenção na história”.
“Lurdinha ficou indignada com aquele homem de tal forma que se pudesse matá-lo faria isso. Chupa, Lucas! O que revoltou é aquele sujeito viu que ela estava acompanhada de uma criança, a Leila. Cenas como aquelas jamais serão apagadas do visor mental de Lurdinha e também de sua filhinha Leila”.
É triste e, eu diria mais: é muito triste mesmo lidar com o ser humano. Como é que pode um sujeito daquele andar por aí solto pelo mundão de meu Deus? Peida, Almeida! Já imaginaram o que aconteceu, não imaginaram? É isso mesmo. Fazer o que agora? Chora, Aurora! Se calar é como aceitar a derrota da briga. Lurdinha não calou-se, apesar de estar cheia de calos em seus pés. Falou com aquele sujeito aos berros:”
- Seu demônio! Isso não vai ficar assim, sujeito idiota! Não está vendo que eu estou acompanhada de uma criança? A Leila?!
E aquele sujeito tentou justificar, mas, Lurdinha não deixou ele falar...
- Não adianta falar-me nada, demônio. Vai pagar pelo o que fez porque eu não vou calar-me.
“Muitas mães, neste momento, vão tomar as dores de Lurdinha. É muita indignação, bicho cão. Oco, mole! Mentaliza, Eliza!”
E eu pergunto: na qualidade de mãe, Maria Lúcia, filha de Dona Maria e do compadre Vicente, o que é que você faria diante de uma cena como essa, isto é: se estivesse no corpo de Lurdinha?”
Aquele sujeito quis se explicar, mas, eu pergunto agora para seu irmão Fernando que observa as letras e também perfis com sua câmera mágica: o que você faria? Teria ele (o sujeito) alguma coisa para explicar? Ele deixou Lurdinha muito nervosa, e você? É claro: já imaginou o que houve, não é?
Nesse momento, percebo que até mesmo Fernando se cala, porém, como já dizia Cazuza: “O Tempo Não Pára”. Então, na corrida do destino, o que tem de nordestino pedindo nos salve, não é brincadeira. Mas, os Gonçalves estão aí, por toda a parte e até nas artes, minha cara! Minha “cara” que eu refiro-me não é cara giriável como se diz aqui no Brasil. “Cara” é querida em italiano, entendeu caretas?
(Não percam os momentos finais desta emocionante história)


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