Meus leitores são muitos no Brasil e, em boa parte do mundo.
É claro que nem todos os emails que recebo vêm com elogios. Trabalho com
sugestões e críticas também. Agradar a todos, é impossível, nem Deus agrada a
todos. Como tenho a cara limpa, não preciso me esconder de ninguém como fazem
muitos. Observem os emails:
Meu nome é Gabriela, tenho 23 anos; São José dos Campos. Pra ser Doutor, você
tinha que ser formado em doutorado; duvido muito que seja só pelas idiotices
que escreve.
Dr. Boa:
Primeiramente, (cara
Gabriela) eu nunca disse que sou formado em nada. “Doutor” para mim é apenas um
título e, não compreendo por que isso lhe incomoda tanto. “A letra mata, mas, o
espírito vivifica” é o que escreveu o apóstolo Paulo. Tem muita gente formada
que não faz nada; sua estrela não brilha e nem nunca brilhará porque está
apagada. Eu amo aprender, conhecer e, acho que isso é a verdadeira formação.
Quantas idiotices você já pode ler, daquilo que eu escrevo? Analise texto e,
procure descobrir se há nexo, conteúdo, mesmo sendo bizarro e imoral. Eu
respeito à vida, porém, nem todos os viventes que fazem parte dela. “Au, au”.
Amanda, nove anos, de Ribeirão Preto – SP. Doutor Boa, parabéns pelo seu
blogger! Ele é diferente de tudo o que já li. Adorei as histórias “A Bailarina”
e “Um Elefante Apaixonado”, são lindas e muito bem boladas.
Dr. Boa:
Amanda fico feliz por
você ser uma criança leitora, por sinal, de muito bom gosto. “A Bailarina” é
uma história exemplar. Existem muitos talentos, muitos artistas que,
lamentavelmente, nunca serão descobertos, reconhecidos. “Um Elefante Apaixonado”
é uma história totalmente inocente. Será que nós, que não somos elefantes,
somos capazes de fazer tudo por uma paixão? Um abraço, querida.
Helío Matos, 40 anos. Campo Largo – PR.
Doutor Boa, o Senhor Escreve muita coisa linda em seu
blogger, sem dúvida, mas, noto que critica muito o gosto popular da geração. O
que afinal, é lixo musical para o senhor? Para mim, lixo musical é aquela coisa
antiga do passado. Hoje, a música está mais moderna e a mídia não me deixa
mentir. Acho que o senhor deveria dar mais valor às músicas atuais, respeitar
os artistas e, principalmente o gosto do povo.
Dr. Boa:
Caro Hélio, “dar mais
valor às músicas atuais, respeitar os artistas e, principalmente o gosto do
povo?” O que é isso?! Se a voz do povo for à voz de Deus, eu e você estamos
atolados na lama, irmão. No meio do povão, tem, sem dúvida, muita gente que
aprecia aquilo que não é lixo e, só em saber disso, eu chego ao prazer, meu
caro. Lixo musical para mim é aquilo que não tem nexo; não tem sentido; não tem
letra e muito menos melodia. Vou morrer um dia e, sem entender que tipo de
prazer é esse que tem contagiado o povo. Observe que não cito nomes daquilo e
daqueles que eu não gosto e, isso tem chamado a sua atenção. Quem disse que só
gosto de passado? Tem coisas boas hoje também, porém, são poucas. Em tempos
atrás, para ser um artista, o camarada tinha que mostrar talento mesmo, meu
velho. Hoje, o computador faz tudo, ou quase tudo, como preferir. É capaz até
mesmo de transformar um peido vocal em pum mundial. Se para você, lixo é aquela
coisa antiga do passado, deduzo que seu passado foi um lixo. Ainda bem que
passou, não é?
(Não percam a seqüência dos emails)
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