Sinceramente, gente, pode parar. A inteligência dos bebês terráqueos é demais. Seus neurônios fervem numa dança cerebral de tal forma que vale a pena viver para ver e crer. É o fenômeno da natureza; é a maravilha do verde da ervilha e, principalmente da ciência genética criando seres verdes ou não, excepcionais que, em minha opinião, não deveriam crescer, desenvolver nunca, por causa da malícia, da sem vergonhice implantada dentro delas que despertam no decorrer da desenvoltura da vida.
Respeitem os bebês, velhinhos. Vocês
também já foram bebê no passado. Hoje, suas carnes envelheceram e, isto é
triste porque elas fedem. A qualquer momento e, isso pode ser daqui a pouco ou
agora, vocês vão pro pau com dentadura e tudo.
O Bebê Paulista é um dos seres mais
inteligentes que já entrevistei. Ele é uma espécie de elementos culturais experimentais
que transcendem a essência física da lógica da vida; é o caximbo do vovô; o “I
love you” do amor: a composição bacteriana do cocô. Enfim, o Bebê Paulista é um
artista. Acompanhem.
Dr. Boa:
- Bebê Paulista, muitos danoninhos?
Bebê Paulista:
- Urra meu! Isso é pergunta pra retardado,
cara! O tempo do danoninho já passou; é flasback, compreende?
Dr. Boa:
- Compreendo. Vamos falar dos prazeres da
vida, então. O que pretende ser quando crescer?
Bebê Paulista:
- Meu, eu pretendo ser jogador de futebol,
compreende?
Dr. Boa:
- Que maravilha! Você gosta de futebol?
Bebê Paulista:
- Que pergunta é essa, Doutor? Tá tirando
uma com a minha cara só porque sou bebê?! Se eu pretendo ser jogador de futebol
quando eu crescer é porque gosto de futebol, compreende?
Dr. Boa:
- Perfeitamente. Você torce para que time?
Bebê Paulista:
- Pro Palmeiras, é claro. Ele existe desde
26 de agosto de 1914. Meu time foi fundado por um grupo de 46 aliados a colônia
italiana. Antes ele chamado: “Palestra Itália”. O Palestra só veio a se chamar
Palmeiras após a segunda guerra mundial, temporiamente o time foi chamado de
Palestra São Paulo, mas, com adesão do Brasil a guerra, em 1942 foi
oficialmente estipulado o nome: “Sociedade Esportiva Palmeiras” que persiste
até hoje.
Dr. Boa:
- Que sabedoria divina, Bebê! Você
realmente é um torcedor assíduo.
Bebê Paulista:
- Urra meu! Todo mundo deveria torcer pro
Palmeiras como eu. Só deveria ter Palmeiras, meu!
Dr. Boa:
- Peraí! Aí o jogo não teria sentido. O
Palmeira iria jogar com quem?
Bebê Paulista:
- PalmeirasXPalmeiras. O resultado do jogo
daria Palmeiras, entendeu?
Dr. Boa:
- Entendi.
Bebê Paulista:
- O verde tem uma forte afinidade com a
natureza e nos conecta com ela, nos faz enpatizar com os demais, encontrando,
de uma forma natural, as palavras justas. É a cor que procuramos
instintivamente quando estamos deprimidos ou acabamos de viver um trauma. O
verde nos cria um sentimento de conforto e relaxação, de calma e paz interior,
que nos faz sentir equilibrados interiormente. Meditar com a cor verde é como
tomar um calmante, para as emoções.
Dr. Boa:
- Que mente esplêndida, bebê! Inclusive, o
verde também é a minha cor predileta.
Bebê Paulista:
- Então, doutor, tome vergonha e torça
pelo Palmeiras.
Dr. Boa:
- Eu não torço por time nenhum, bebê! Mas,
respeito o futebol e toda a sua torcida.
Bebê Paulista:
- Todos nós vivemos do verde, com o verde
e para o verde.
Dr. Boa:
- Inclusive, você compôs uma música para o
Palmeiras, não é?
Bebê Paulista:
- Não é música, meu! É um hino e é da minha
autoria. Quer ouvir?
Dr. Boa:
- Sem dúvida.
Bebê Paulista:
- Vem comigo no ritmo do “chun chun, chá,
chá”. “Só vai dar Pal, só vai dar Pal, só vai dar Pal, Pal, Pal, Mei, Mei-ras”.
- Dr. Boa:
- Sinceramente, gente, pode parar. Este
ritmo realmente pegou e, lamentavelmente, a entrevista acabou.
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