quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

CACETE OU CACETINHO?



Doce Fabíola. Uma moça encantadora como o oceano pacífico de Djavan; loura dos olhos tão azuis como as águas do Rio Nilo. A mocinha saiu de São Paulo e foi se aventurar em Vacarias, interior do Rio Grande do Sul, distante da capital Porto Alegre cerca de 240 km. A bichana não tinha paz não, rapaz! Certa vez, saindo de sua casa com destino a padaria da esquina sentiu-se assediada por Miúcho, um japonês naturalizado brasileiro e gaúcho.
- Queres um cacete ou um cacetinho?
O que?! Que gaúcho atrevido! Fabíola simplesmente olhou para aquela mistura de Ásia com azia, lançou lhe um sorriso tão doce feito aquele doce de batata doce, tirou do bolso de seu shortinho seu celular e disse-lhe:
- Espera só um pouquinho, Senhor Cavalheiro. Vou pedir uma sugestão para um amigo, se eu devo querer comprar um cacete ou um cacetinho.
Vixi! Fabíola ligou foi para a polícia de Vacarias e, foi aquele tumulto no interior da padaria, até que um dos soldados gritou:
- Pode parar indiada véia! Agora é o gaúcho da pistola armada quem fala, tchê! O que houve aqui, afinal?
E Miúcho (o misturado) diz ao soldado.
- Tchê! Eu simplesmente perguntei pra esta china se queria cacete ou cacetinho.
O soldado, só não mais grosso por falta de espaço, solta um tiro pro alto e estoura uma lâmpada.
- China, tu nos chamas aqui para isso? Decidas logo se vais querer cacete ou cacetinho.
Fabíola, sensível feita uma cadelinha magra diz:
- Não sou china e não vou querer nem cacete, nem cacetinho. Sou uma moça direita.
Coitadinha da burrinha. Cacete para os gaúchos é pão, sua anta. Eta paulistinha caipira, manga! Veio de tão longe para ter que voltar?


De volta a São Paulo, ela fica uns dias na casa do tio Bicudo e, não suportando mais ver os bicos do tio, rouba-lhe todo o seu dinheiro e vai para Portugal.






Chegando lá, precisa trabalhar, é claro. Entra numa grande agência de empregos, bem no centro de Lisboa, capital de Portugal e, um português afeminado lhe diz:
- Puta, tens que pegar a bicha.
O que?! Pode parar! Ela chamou na hora a polícia portuguesa. Estava muito nervosa.
- Polícia, este, eu quero dizer este desclassificado me chamou de puta e disse-me para eu pegar a bicha.
O soldado português, ironicamente diz:
- Oras! Se tu não és uma puta, acasos és uma fufa? Tens que pegar a bicha sim e, passes bem.




Fabíola ficou indignada, enquanto, aquele paneleiro (afeminado, sabe?) caiu na gargalhada.
- Vá trocar de cueca, puta!




Coitadinha de Fabíola! Essa foi demais, rapaz. Mais tarde, na igreja, o padre português tão calmo feito um bebê gardenal lhe explica:
- Aqui em Portugal, chamamos moleca, moça de puta, fila, que vocês chamam no Brasil aqui é bicha e tanto faz, para mulher ou homem é cueca, talvez, porque cobre o... entendestes?
E Fabíola, envergonhada pergunta ao padre:
- Por que o policial português perguntou-me se acasos eu era uma fufa?
O padre olha para os lindos pezinhos de Fabíola e diz:
- Ele quis saber se tu eras uma sapatona, só isso.
O que?! Fabíola sai daquela igreja, localiza o soldado português e enche-lhe de porradas. Vixi! Não é que aquilo rola entre os dois um clima, sô? Entre tapas e beijos foram parar num hotel e lá na suíte luxuosa se casam. Antes daquele final besta que todo mundo espera “e foram felizes para sempre...” ela volta ao Brasil com seu maridão soldado português, vai para Vacarias-RS e lá, dana-se tudo para Miúcho, o japa gaúcho que é arrebentado antes de ser arrebatado. Pense numa surra. Pensou? Fabíola lhe diz:
- Isso também se chama cacete, seu ordinário.
Vixi! Que lourinha invocadinha, sô!




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