Ferlocausto era um sujeito “ponta grossa”, trabalhador
responsável e não tinha mais nada no mundo do que ele mais gostasse do que sua
família. Feiara era sua esposa, apesar do universo gritar “não”, para ele, ela
era muito linda. O casal tinha oito filhos: Fanal, Fenel, Finin, Fonó,
Funhanené, Fenheco , Funú e Fernanda.
A ciência não crê em coincidências, embora eu tenha minhas
dúvidas. Toda essa galera de família era fanha, sô! Entre eles, desde o papai
até a caçula Fernanda, todos se entendiam.
Certa noite, Ferlocausto chegou de seu trabalho todo suado.
Ele era açougueiro e só enchia lingüiça. O calor era tanto que ele ficou só de
cueca, o que provocou ardentes desejos em sua mulher. Que corpo feio era aquele
sô dos sois e dos salvem nós? Tira os olhos Zé! Aquela massa carnal humana era
dela, única e exclusivamente de Feiara. Ferlocausto e Feiara aproveitaram o
calor para tomarem um banho de suor e saliva. Era cada lambe boca, axilas
maravilhas, que só por sô, viu!
Ferlocausto: - Famô, fofê fealmente Fe fama?
Feiara: - Fé flaro Fe feu Fe famo. Famo fofê fealmente Fe fambém
fielmente, feu fobo.
E vinha Fanal, a mais velha das filhas, feia feito a farofa
vomitada e cagada por um cão sarnento.
- Fai e fãe, fem finheiro fa feu fir fomprar fistura? Fa
fendinha fo Fé fa Foda fa fai fechar.
Então, o pai amável, lhe dava uns trocados.
- Finha fia, fraga fovos fom fepolho. Feu fo fouco fa fomer
fepolho fom fovos fozido.
E vinha Fenel, um moleque semelhante ao cocô diarréico do urubu
paraplégico:
- Fepolho fom fovos fozidos faz feidar, fem fai.
E Finin, fininho como uma tripa cerebral dizia:
- Fé fesmo, fai! Faz finha frofefora fisse Fe feidar faz fem
fa faúde.
E lá vinha Fonó, um gordinho bocó peidão que só o cão.
- Feu fuero, fuero fomer fepolho fom fovos fozidos.
E lá vinha o campeão dos feios Funú coçando o seu queixo:
-Fanal, Fe fofê fão Fo fogo fa fendinha fo Fé fa Foda, fele
fai fechar.
Funhanené, uma espécie de caganeira de nenê pausterizada
vinha falando.
- Fraga fra fim fum fofê, finha firma?
Fenheco, o bonitinho do fanho boneco dizia:
- Fraga fra fim fuma feléia?
E Fernanda, a caçula berrava:
- Fambada Fe filho fa futa! Farem Fe falar fum fouco. Fomo fé
fue fofês fonseguem falar fanto. Fai fogo fa fendinha fo Fé fa Foda forquê fele
fai fechar faraio.
Pois é, gente! O importante é que eles se entendiam e tinham
o “F” mais legal da família em suas vidas: eram felizes.
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