segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

FRIEZA HUMANA




Pois é, muitas gerações passaram. Estamos nos anos 60, isto é: 3060. Ninguém mais espera o Filho do Homem voltar. Nem eu. As pessoas, na regra geral, perderam o respeito. De vez em quando ainda se vê um molequinho educado apenas surrando sua avó para lhe dar uma verba para sustentar seu crack, droga leve e também das antigas. Hoje, tem bebê viciado e a mamãe já sabe que o barato dele não é só leitinho do peito, não é mesmo, mamãe?
O hobbie dos ricos ou simplesmente daqueles mais sucedidos na vida agora é surrar os pobres até a morte e fazer do couro da carne tapete para os seus pés.
Igreja virou terapia pra loucos. O cara se chapa da droga “evil”, (literalmente, demônio), entra na igreja e se relaxa se enrolando no chão e apalpando as nádegas e os seios das donzelas.
A população encheu a terra de certa forma que não existem mais áreas de lazer não; nem jardins, bosques e muito menos, selva. Tem gente viva morando até mesmo debaixo da terra.
Amor virou uma lenda e, se aparecer alguém dizendo que ama, apanha até a morte pra deixar de ser mentiroso. Por um lado foi até bom, sabe? Não existem mais aquelas musiquinhas diarreicas tipo: “Eu amo você, você me ama, nós nos amamos e o amor é sempre lindo e vamos amar”. Basta de impureza na natureza.
Hoje, o camarada, em boas condições físicas, pega a mulher do magrinho e manda ele pro inferno. A lei dos “quem pode mais chora menos”, apesar de ser das antigas, surte agora um resultado excepcional.
Que os velhinhos agora se cuidem ao sair de suas casas. São surrados até a morte pela galera jovem porque quer uma verba para amansar a fera. Vixi! Que saudade das antigas, sô! Tudo agora mudou.
Fabíola, uma mocinha linda, uma manteiga, um pêssego, Universitária, cursava na Faculdade: “Administração de Tráficos” chega a sua casa e se depara com sua mãe tomando um porre de veneno de cobra cascavel com mel, melado e álcool dançando ópera sertaneja universitária.
- Vagabunda, onde está o corno e viado do meu pai?
- Seu pai já era, sua biscate. Matei ele há duas horas. Tem carne fresca no freezer.
- Sua peste do demônio! Meu pai me devia um troco legal e você foi mata-lo?
- Limpei o bolso dele antes de dar-lhe umas machadadas na cabeça, sua baba de cadela louca.
Pois é, sô! Ser educado nos dias de hoje é como balançar a bunda para o inimigo e, cuidado que ele te devora. Duvide pra ver. O papo agora é outro.
Um molequinho acabara de ganhar do seu pai um revólver de calibre 38 e, parece que não ficou satisfeito com o presente;
- Esta porcaria aqui das antigas, seu velho impotente. Sabe o que eu vou fazer com ela? Isso daqui é.
O molequinho enche de balas a cabeça do seu pai e já tem carne para os urubus que não perdem mais tempo de voar tão alto como os das antigas.
Pois é, sô! E o Filho do Homem disse que ia voltar um dia. Mas, quando?! A história lá atrás, reza que o mundo jaz no maligno, que “maldita é a terra por cauda do homem”. Você, já pensou na quantidade de vidas inocentes, literalmente falando que já foi pro pau. E aquela menininha inocente que vinha da escola cantando a música da Mônica, do grande autor Maurício de Souza e, foi abusada sexualmente por fulano de tal que é o filho do homem de maior capital? Não deu em nada. Já mandava na época o dinheiro e sempre vai mandar. Não importa o que você diga ou faça. Com dinheiro você pode dizer tudo, fazer tudo e, não duvide disso. Estamos aqui, neste fabuloso e gigantesco universo para viver, conforme prega a matéria humana. Se for bom fosse o resultado de uma vida melhor, eficaz, plena e eterna, nunca, iriam matar o Filho do Homem. Prega-se que ele está pra voltar. Mas, quando? Até quando eu e você deveremos respeitar a vida? Até quando vamos ter que suportar a ideia de que viver é bom? Sim, na realidade, não vivemos por acaso, como pregam os teólogos filosóficos. “Crer” é a maior de todas as ilusões e sustenta a vida na eternidade ilimitada dos loucos. Por isso é que eu creio e, você sô? Você é louco?

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