Até pouco tempo atrás eu era um homem alegre como um macaco ria como uma hiena cantava como um pássaro e era manso como um veado.
Hoje sou estúpido como um cavalo, valente como um touro,
feroz como um leão, prudente como um pombo
e astuto como uma cobra.
Meus olhos são hoje como os olhos de uma águia; sou arisco como o coelho
que prefere uma cenoura a uma senhora; ágil como rato, esperto como um gato.
Antes eu sentia-me livre como uma borboleta gostava de caminhar como uma formiga com direção ao trabalho e a farinha.
Sim, eu era doce como uma abelha, pegajoso como um carrapato,
elegante como uma girafa,
inteligente como um castor.
Eu era tranquilo como um Bicho-preguiça;
lento como uma tartaruga ou como uma
lesma.
Hoje sou sujo como um porco,
abobado como um pato e atrapalhado
como uma anta.
Hoje sou briguento como um galo; tão parasita como um chato,
um piolho, um pernilongo, uma pulga.
Não pulo mais como um canguru
e meu pisar é pesado como o pisar de um elefante. Sou gordo como um hipopótamo,
cego como um rinoceronte, malicioso
como um bode.
Antes eu era delicado como um cabrito, como um carneiro. Hoje
meu faro é de lobo e sou tão
venenoso como um escorpião e uma aranha.
Eu era fiel como uma baleia.
Hoje ando pra trás como um caranguejo,
um siri e, meus dentes são tão
afiados como os dentes de um tubarão.
Chamar minha mulher de vaca
é ofender o boi, se bem que ela
gosta de leite e isso não tem nada haver. Chamá-la de galinha por que, se galinha não
gosta de rolas?
Lacraia traía piranha! Cheguei à minha casa e, essa cadela da minha mulher estava deitada com meu melhor amigo.
Matei os dois. Que bicho é este? Que amigo é este? Hoje estou engaiolado como
um passarinho.
doutorboacultural.blogspot.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário