terça-feira, 1 de janeiro de 2013

O OUTRO LADO DA VIDA

Lázaro era um homem honesto, trabalhador e temente a Deus. Amava sua esposa Amélia e seus filhos Rodrigo e Andréa. Moravam em São João da Boa Vista, interior de São Paulo.
Lázaro era um excelente sapateiro e tinha seu próprio negócio. Montou uma sapataria na área de sua casa. Amélia também trabalhava em casa como costureira. Fazia reformas de roupas em geral e tinha uma excelente clientela. Rodrigo e Andréa, apenas estudavam e, seus estudos eram mantidos por seus pais.
Sucedeu que, numa manhã de terça-feira, assim que Lázaro abria sua sapataria, foi abordado por quatro marginais de alta periculosidade. Eles, todos armados, invadiram a casa de Lázaro e, pior do que isso abusaram e violentaram sexualmente de Amélia, Rodrigo e Andréa e humilharam sob muita tortura, Lázaro. Bateram fortemente a cabeça de Rodrigo no chão, até desmaiá-lo. Fizeram uma limpa nos pertences de valor da casa e foram embora.
Uma hora depois chega à polícia. Conduzem a família ao pronto socorro, depois a delegacia para prestarem queixas, porém, os marginais nunca foram capturados.
Rodrigo que era um jovem dotado de uma inteligência extraordinária cursava o último ano de Direitos, na faculdade, perdeu a memória devido ao traumatismo craniano que deixou seqüelas em sua cabeça. Ele não conhecia mais ninguém e, para a medicina, estava desenganado.
Andréa, uma moça tão linda, que sonhava em ser um dia uma psicóloga para ajudar as pessoas, acabou ficando nas mãos de neurologistas e psiquiatras. Ficou traumatizada por ser estuprada e violentada pelos marginais e, talvez, nunca mais se recuperará deste quadro clínico; está internada num sanatório e ela é agressiva.
Amélia, não suportando a dor de ver seus filhos neste terrível estado, caiu em depressão total e, pior do isso: suicidou-se tomando medicamentos em excesso.
Lázaro vendeu sua casa, sua sapataria e doou todo o seu dinheiro em Instituições de Caridade. Abandonou sua fé cristã e se entregou à bebida alcoólica. Hoje vive nas ruas como um mendigo maltrapilho, falando sozinho.
Os quatro marginais, talvez estejam longe e numa boa fazendo mais vítimas.
Pois é, não se surpreendam: Só se vive uma única vez e, este, é o outro lado da vida.

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