Doce Fabíola. Uma moça encantadora como o oceano
pacífico de Djavan; loura dos olhos tão azuis como as águas do Rio
Nilo. A mocinha saiu de São Paulo e foi se aventurar em Vacarias, interior do
Rio Grande do Sul, distante da capital Porto Alegre cerca de 240 km. A bichana
não tinha paz não, rapaz! Certa vez, saindo de sua casa com destino a padaria
da esquina sentiu-se assediada por Miúcho, um japonês naturalizado brasileiro e
gaúcho.
- Queres um cacete ou um cacetinho?
O que?! Que gaúcho atrevido! Fabíola simplesmente olhou para
aquela mistura de Ásia com azia, lançou lhe um sorriso tão doce feito aquele
doce de batata doce, tirou do bolso de seu shortinho seu celular e disse-lhe:
- Espera só um pouquinho, Senhor Cavalheiro. Vou pedir uma
sugestão para um amigo, se eu devo querer comprar um cacete ou um cacetinho.
Vixi! Fabíola ligou foi para a polícia de Vacarias e, foi
aquele tumulto no interior da padaria, até que um dos soldados gritou:
- Pode parar indiada véia! Agora é o gaúcho da
pistola armada quem fala, tchê! O que houve aqui, afinal?
E Miúcho (o misturado) diz ao soldado.
- Tchê! Eu simplesmente perguntei pra esta china se queria
cacete ou cacetinho.
O soldado, só não mais grosso por falta de espaço, solta um
tiro pro alto e estoura uma lâmpada.
- China, tu nos chamas aqui para isso? Decidas logo se vais
querer cacete ou cacetinho.
Fabíola, sensível feita uma cadelinha magra diz:
- Não sou china e não vou querer nem cacete, nem cacetinho.
Sou uma moça direita.
Coitadinha da burrinha. Cacete para os gaúchos é pão, sua
anta. Eta paulistinha caipira, manga! Veio de tão longe para ter que voltar?
De
volta a São Paulo, ela fica uns dias na casa do tio Bicudo e, não suportando
mais ver os bicos do tio, rouba-lhe todo o seu dinheiro e vai para Portugal.
Chegando lá, precisa trabalhar, é claro. Entra numa grande
agência de empregos, bem no centro de Lisboa, capital de Portugal e, um português
afeminado lhe diz:
- Puta, tens que pegar a bicha.
O que?! Pode parar! Ela chamou na hora a polícia portuguesa.
Estava muito nervosa.
- Polícia, este, eu quero dizer este
desclassificado me chamou de puta e disse-me para eu pegar a bicha.
O soldado português, ironicamente diz:
- Oras! Se tu não és uma puta, acasos és uma fufa? Tens que
pegar a bicha sim e, passes bem.
Fabíola ficou indignada, enquanto, aquele paneleiro
(afeminado, sabe?) caiu na gargalhada.
- Vá trocar de cueca, puta!
Coitadinha de Fabíola! Essa foi demais, rapaz. Mais tarde, na
igreja, o padre português tão calmo feito um bebê gardenal lhe
explica:
- Aqui em Portugal, chamamos moleca, moça de puta,
fila, que vocês chamam no Brasil aqui é bicha e tanto faz, para mulher ou homem
é cueca,
talvez, porque cobre o... entendestes?
E Fabíola, envergonhada pergunta ao padre:
- Por que o policial português perguntou-me se acasos eu era
uma fufa?
O padre olha para os lindos pezinhos de Fabíola e diz:
- Ele quis saber se tu eras uma sapatona, só isso.
O que?! Fabíola sai daquela igreja, localiza o soldado
português e enche-lhe de porradas. Vixi! Não é que aquilo rola entre os dois um
clima, sô? Entre tapas e beijos foram parar num hotel e lá na suíte luxuosa se
casam. Antes daquele final besta que todo mundo espera “e foram felizes para sempre...”
ela volta ao Brasil com seu maridão soldado português, vai para Vacarias-RS e
lá, dana-se tudo para Miúcho, o japa gaúcho que é arrebentado antes de ser
arrebatado. Pense numa surra. Pensou? Fabíola lhe diz:
- Isso também se chama cacete, seu ordinário.
Vixi! Que lourinha invocadinha, sô!
Nenhum comentário:
Postar um comentário