Sabe aqueles dias de inverno, de frio intenso em que é comum
a gente encontrar lagartixas mortas de barriga para cima; passarinhos tristes,
sem cantar; os velhinhos batendo o queixo, queixando-se de suas doenças como
reumatismo, artrite, artrose e outros males? Nesses dias, para aqueles que amam
o inverno assim como eu, vestir um casaco ou um sobretudo cai bem, aquece,
combina com o clima e, sem dúvida, deixa a gente elegante, concorda? Por outro
lado, pelas ruas da cidade, deparamos com alguns, (não são muitos) os quais
chamo de irmãos do fogo.
Existem certas criaturas neste gigantesco, esplêndido e
fabuloso universo, que, sinceramente, me metem medo. Isto porque sou uma pessoa
normal. Cito certos homens que
desafiam o próprio tempo. Presumo que estes seres querem provar sua
masculinidade ou exibirem seus corpos para outros. Isso é ridículo e não tem a
menor graça. “Quem exibe aquilo que tem por fora, nada de valor tem por dentro”. Querem
provar pras meninas que são heróis, vão comer gelo. Vão refrescar suas bundas
na neve ou então, injetarem em seus retos picolés com sabores de frutas
diversos, diferentes, porque, sem dúvida, presumo que eles estejam quentes e
ardentes.
Geralmente estes machões
de faixada não são nem um pouco delicados, gentis e educados porque acham
que isso são coisas de boiólas. Satisfazem-se
levando a vida nas porradas, numa grossura capaz de violar as leis da natureza.
Desafiam o próprio tempo. São doentes, só pode.
O homem de bom gosto, aquele que tem estilo, charmoso e
elegante, passa por perto destes “lixos
humanos”, usando, quem sabe, um lindo sobretudo, um cachecol e, os tais machões da faixada, quando não dizem,
insinuam: “Olha o boióla lá”.
Lamentavelmente, tem mulheres que amam este tipo de criatura, de grossura.
Sentem-se fêmeas protegidas por serem casadas com machos. Por isso é que eu sempre digo que gosto se discute sim. Para quem não sabe, cães e cadelas, na regra
geral, adoram comer fezes humanas, em especial, as dos bebês que têm um sabor
concentrado de leite, presumo. Fico imaginando quando estes peões calorentos chegam do serviço em
suas casas e resolvem refrescar seus pés tirando seus botinões de borracha.
Pros ratos e baratas, o cheirinho é
idêntico ao da bolacha e, pra muitos animais, o cheiro é dos legítimos queijos
coloniais. Vão lavar seus pés, suas imundícies.
Os irmãos do fogo são insensíveis e, não sabem brincar,
exatamente como é o fogo. São estúpidos e não perdem tempo com diálogos,
porque, na verdade, nem sabem dialogar. Geralmente, são aqueles que coçam o
escroto, escarra, arrotam e peidam em público. São nojentos. Brigar, para eles,
é coisa de macho e, tudo aquilo que
vem da educação, da boa educação é frescura e coisa de boióla. Em suma, são os legítimos irmãos do fogo. Isso me dá nojo.
doutorboacultural.blogspot.com/
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