Neste mundo que é meu, seu, de todos vocês e, principalmente
de meu Deus já vi muitas coisas estranhas, esquisitas mesmo que, se contassem,
caso eu não tivesse visto, não iria acreditar.
Genival, um porreta alagoano teve tanta sorte na vida, que
jogou, apostou e, pelo menos três vezes acertou a quina. Seu dinheiro era tanto
que daria até para ele comprar um castelo em Quebec, no Canadá.
Dias atrás, São Paulo estava se acabando em dilúvio, de tanta
água que caía do céu. Peguei um ônibus superlotado, que pra se ter uma ideia,
até no colo do motorista e do cobrador tinha passageiros sentados. No meio
daquele espreme sufocante, quem vejo lá? Pensei: “Não! Não pode ser ele. Será
que é ele? É parecido com ele, mas não é ele. Vixi! É ele mesmo!”.
Pois é gente. E era ele mesmo: Genival Chopina, o milionário
da quina. Mas, que diabo ele fazia dentro daquele circular lotado, sô! Fiz
questão de descer na parada final com ele e lhe perguntei.
- Genival, mas tu és um cara rico pelo que sei e o que é
exatamente que está acontecendo ou o que é que aconteceu com você, homem?
Ele, com cara de bobo me pergunta.
- Aconteceu o que?! Não entendi foi é nada, Dr. Boa.
- Tu ganhaste na quina, cabra! Tu és um homem rico e, andando
de ônibus lotado? Pirou? O que houve? Perdeste toda a tua grana pro ex-presidente
Fernando Collor, é isso?
- Não! Deixe de ser besta, sô! To andando de ônibus porque
este é meu hobbie. Todo dia, me levanto cedo e pego um ônibus circular e vivo
circulando até bater o sino do meio dia. Depois almoço bem na pratata popular
do “um real” e, volto pro circular.
- Mas, peraí! Teu dinheiro acabou?
- Acabou foi nada. Meu dinheiro se multiplicou, Dr. Boa, mas,
o que posso fazer se é esse meu hobbie?
Sem comentários, sô de Souza ou qualquer coisa.
Conheci Andrea desde menininha. Hoje a mocinha tem 23 anos e
é formada em Psicologia. Que moça linda, sô! Inteligente que só a peste
bubônica pra exterminar tudo e todos. Acompanhei o esforço, o trabalho árduo de
seus pais para pagar os estudos da ninfeta, única filha. Loura linda, olhos
azuis feito o oceano de Djavan, enfim, um pêssego. Estive no baile da sua
formatura. Até o Lula estava lá e, eu também, é claro.
Dias atrás, entrei numa lanchonete em Curitiba,
tomei uma coca light. Fui ao banheiro e, pode parar! Quem era aquela jovem
bonita que estava fazendo uma faxina geral no banheiro dos homens? Não pode
ser. Era ela mesma:
Josiléia, uma grande amiga minha que, por não ter estudado, a
única coisa que conseguiu na vida foi um emprego de faxineira. Achei bonito
isso, pois, afinal, toda a profissão é boa, portanto, não reclame se tudo o que
a vida lhe deu foi isso, Nenê!
Conheci uma senhora bastante idosa, literalmente falando, bem
velhinha mesmo e fiquei admirado com o que vi. Todos os dias, debaixo de sol
quente e chuva fina ou grossa, a velhinha subia no topo de um morro com sua
bengala. Pensem num morro alto. Aquela velha arcada com as pernas tão finas
feitas as antenas de uma barata subindo e descendo aquele morro. Tive que pergunta-la:
- Minha senhora, por que é que todos os dias, a senhora sobe
e desce esse morro? Acaso, pagas alguma promessa?
A velhinha me diz com aquela cara de misericórdia rutiana:
- Não pago promessa não, tio. Isso já era, boneco. Subo e
desço aquele morro pro pessoal ficar com pena de mim. Faço isso também porque
tenho a esperança de ser um dia filmada pelas câmeras do Fantástico da Rede
Globo.
Sem comentários.
Félix (olha o nome do cara) tinha uma beleza capaz de atrair a mais bela de todas as mulheres do mundo. Boysão atleta, olhos mais verdes do que o “green” , enfim, bonito era apelido.
Vejam bem: Não tenho preconceito de raça, cor, mas, faça-me o favor, sô! O camarada escolheu a mais feia de todas as mulheres do mundo para ficar a seu lado o resto da vida. Eu morro e ainda assim, não vejo tudo. É mole ou quer mais?
doutorboacultural.blogspot.com/
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