Era uma vez um lobo tão selvagem que muitos bichos da selva
os temiam. Um animal que dormia de olhos abertos, com seus ouvidos bem
afinados. Arisco, não confiava nem em sua fêmea, muito menos em sua sogra.
Caçador de primeira pegava até uma família de avestruz na corrida, caso
quisesse.
Na selva havia também um gato, por sinal, solitário e também
muito esperto. Desconfiado como é sua natureza felina, ele queria distância
daquele terrível lobo.
O lobo, muito orgulhoso de sua fama de mau e temível, não queria admitir, mas, não era assim tão esperto
feito aquele gato. Ele queria aprender como é que um bichano feito aquele gato
pulava para a direita, para a esquerda e, caso caísse, sempre caía de pé. Foi
aí que este lobo malvado simulou um olhar carregado de amor para com o gato,
querendo conquistar a sua amizade, na intenção de devorá-lo. Aproximou-se do
gato que já estava pronto para pular e disse-lhe:
- Olá gato! Não tenha medo de mim porque eu te admiro demais.
Quero ser para você muito mais do que um amigo. Creia em mim. Ensinarei-te
todos os meus truques e garanto que você será tão temido quanto eu.
O gato desconfiado, nem piscava seus olhos e o lobo continuou
a falar:
- Só queria, querido e amado gato, que você me ensinasse
esses teus truques tipo: pular para a esquerda e para a direita, para cima, para baixo e sempre cair
de pé.
O gato muito esperto disse para o lobo:
- Primeiro me ensine suas manhas, seus truques, depois lhe
ensinarei como é que se pula como um gato.
Parecia uma amizade irmã daquele lobo e daquele gato. Andavam
juntos na selva e muitos bichos os temiam. Um era o mestre de outro. O lobo
achando que já havia aprendido tudo do gato, pula para a esquerda, para a direita, para cima, para baixo e, sempre cair de pé, preparou um plano diabólico. “Pegarei este maldito gato no pulo e vou
devorá-lo”.
O gato, que antes só caçava ratos, agora, graças aquele lobo,
aprendeu a caçar até raposas. Não sabia que aquele lobo malvado queria mais era
devorá-lo. Será que não sabia?
Sucedeu que um dia, o lobo e o gato saíram para uma caça na
selva e, de repente, o lobo malvado mostrou ao gato seus dentes caninos:
- Vou devorá-lo, seu gato otário.
O gato deu um pulo tão alto para trás que foi parar no último
galho de uma árvore. O lobo ficou furioso:
- Peraí, seu gato pilantra! Não me ensinou como é que se pula
para trás.
O gato dá um sorriso cínico para o lobo e diz:
- Também não lhe ensinei como é que se sobe em árvores, seu
lobo estúpido, traíra e malvado. Você é traidor e, jamais terá a astúcia e
malícia de nós gatos. Na cidade, nos bairros e vilas somos domésticos, mas,
trabalhamos vinte e quatro horas protegendo nossos donos e suas crianças dos
ratos, escorpiões, aranhas e qualquer espécie de insetos que causa doença e até
a morte para as famílias. Só não conseguimos eliminar o homem invasor, que vem
até nós como cordeirinho, mas, que por dentro é exatamente idêntico a você: um
lobo devorador. Adeus, lobo. Sua hora já chegou. Pule para trás agora, se é que
é capaz, porque à tua direita vem uma onça, à tua esquerda uma pantera grávida
e à tua frente um leão. Todos estão famintos. Eu posso ficar muito tempo em cima dessa árvore porque tenho sete vidas, e você? Se vire nos trinta.
Os felinos devoraram o lobo mau e, por generosidade, deixaram ainda uns ossinhos para o amigo gato. Resumo: Nesta vida, temos que ser semelhantes ao gato. Sempre estar preparados com certos tipos que vem até nós como cordeirinhos, mas, que por dentro, são exatamente iguais um lobo malvado e traidor.
Os felinos devoraram o lobo mau e, por generosidade, deixaram ainda uns ossinhos para o amigo gato. Resumo: Nesta vida, temos que ser semelhantes ao gato. Sempre estar preparados com certos tipos que vem até nós como cordeirinhos, mas, que por dentro, são exatamente iguais um lobo malvado e traidor.
doutorboacultural.blogspot.com/
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