Osvaldo era um homem bem de vida. Casado com Isaura, uma
linda mulher que, lamentavelmente, era estéril, não gerava filhos. Foi aí que
Osvaldo adotou um cachorrinho e, o bichinho era como se fosse um filhinho para
o casal apaixonado.
Tinoco, o cachorro cresceu ganhando mimas de Osvaldo e
Isaura. O animal só comia filé de primeira e, na hora de roer os ossos, não
queria conversa nem mesmo com Deus.
Tinoco era fiel e amigo. Cuidava da casa a tal ponto que não
parava no quintal nem passarinhos, muito menos gatinhos. Lambia prazerosamente
os pés de seus pais Osvaldo e Isaura e, eles se divertiam com isso.
Um dia, Osvaldo sofreu um AVC (acidente vasculhar cerebral) e
ficou inválido. Aquela coisa entre
outras coisas não funcionava mais. Pior do que isso: Osvaldo perdeu a memória e
também a fala. Isaura, linda feita uma goiaba madura, queria brincar de rola, rola que sou viola e, não deu
outra: Tinoco, o cachorro que era o melhor amigo de Osvaldo, o homem que,
nestas alturas nem homem mais era, topou entrar na brincadeira sacana. Osvaldo
desceu à sepultura, morreu e, seu melhor amigo Tinoco, o cachorro, ficou com
Isaura, sua linda mulher. E assim, foram felizes como os Vicentes.
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