Meu nome é Maria Encarnação. Sou uma mulher muito religiosa e tudo o que eu mais desejo é agradar o Deus que eu sirvo. O pastor da minha igreja disse que quem tem televisão em casa vai pro inferno quando morrer. Fico triste com isso porque eu gosto de assistir uma novelinha e, eu quero ir para ir para o céu depois de morrer. Estou confusa, doutor! Ajude-me!
DR. BOA
Maria Encarnação, não se encarne com tolices em nome do Deus que você está servindo. Assistindo ou não televisão provavelmente você vai para o inferno quando desencarnar ou morrer, como preferir. Não se assuste! O inferno que quero lhe dizer é a sepultura e é para lá que vão os mortos. Não é um lugar de tormento como pregam alguns fanáticos religiosos. Deus é amor e justo. Digamos que você tenha pecado 40 anos enquanto viveu na terra. Não seria justo você pagar por seus pecados uma eternidade de sofrimento. Para o céu você não vai também porque lá é morada de Deus e seus anjos. Não se iluda. Novelas são obras de ficção, isto é: não são verdades e nem mentiras, minha cara. Coloque Deus acima de tudo em sua vida e faça tudo àquilo que tiver vontade de fazer. Quando realmente sentir que é Deus que dirige os seus passos, a sua vida e, não um homem louco, viverá sem dúvidas.
Meu nome é Aroldo. Amo demais a minha mulher e tenho dois filhos com ela. Descobri recentemente que ela me trai com minha melhor amiga. Sofro muito com isso e, sei que se eu me separar dela nossos filhos vão sofrer muito. O que eu faço doutor?
DR. BOA
Meu caro Aroldo, a traição é um problema sério. Perdoar a quem nos trai é difícil, mas faz um bem em dose dupla, ou seja: a você principalmente que perdoa e, para quem lhe traiu. Veja bem: perdoar não é aceitar. Esta fulana que você chama de melhor amiga nunca foi tua amiga. Filhos não prendem jamais um relacionamento a dois. O que você deve fazer? Chamar a mulher e a sua falsa amiga e dialogar sem brigas. Seu amor sendo demais ou de menos cabe a você aceitar ou não esta união. O certo não é separar, o certo é não se juntar.
Meu nome é Leopoldo. Já fui pai de muitos e muitos filhos; avô de muitos e muitos netos e, hoje sou bisavô de muitos e muitos bisnetos. Estou sofrendo muito porque estou amando loucamente uma das minhas bisnetinhas. Fico muito louco quando vejo dançar aquela música do “tchan”. Só que ela nem liga pra mim. Eu lhe pergunto, doutor: Será que existe uma possível possibilidade do nosso amor vingar?
DR. BOA
Velho Leopoldo, o amor realmente é lindo e não tem idade. É claro que lhe dou esperanças válidas: esse amor vai vingar talvez na eternidade do inferno. Lá, pelo menos o que mais você terá é tempo para dançar até com o diabo “tchan”, “chachachá e chuchuchú” e o que você quiser. Aqui nesta vida, meu caro, tua fase de boy já passou e tua bisneta é uma boya, não vai querer um binóia como você. Respeite ao menos os pelos do seu escroto, velho tarado e louco.
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