quinta-feira, 29 de agosto de 2013

O JUSTO


Escreveu o salmista Davi: “Fui moço e agora estou velho, nunca vi desamparado o justo, nem a sua semente a mendigar o pão”. (Salmos 37:25). O que entendemos com isso? Sem dúvida, que um justo não mendiga o pão.
Desde que o mundo é mundo, existe gente de topo tipo: Há aqueles que, por ventura, já nasceram em berço de ouro e que nunca conheceram a pobreza, a miséria. Por outro lado, há aqueles que não foram bem sucedidos na vida e, pior do que isto: passaram uma vida de intensa tribulação, dor e miséria. Embora muitos não concordem comigo, já citei mais de uma vez que tudo o que se sucede na vida de um homem bem sucedido depende da sorte. Isto é tão certo que, na multidão, vemos pessoas que estudaram e trabalharam muito, porém, nunca conseguiram algo de bom, melhor ou extraordinário no percurso de suas vidas. Por quê? Porque não tiveram sorte. Até mesmo, esta palavrinha mágica chamada sorte se emprega ao amor e saúde. E a vida surpreende o homem, na regra geral, que às vezes, basta ele fazer muito pouco e o sucesso material, principalmente, já o abraça.
Há muitos que tentam de tudo para subir na vida, tipo: jogatinas, prostituição, tráfico de drogas e, até mesmo a busca de Deus. Tudo isso é tolice. Devemos lembrar que Deus não faz acepção de pessoas e que, jamais, vai abençoar alguns e amaldiçoar a outros. Quem empurra a barriga conforme pode é o dono dela e mais ninguém. Não pensem que a fé religiosa vai fazer de vocês prósperos e ricos em todos os sentidos, porque isso é ilusão. Caso tenham sorte, escaparão até mesmo da morte mais de uma vez, porém, uma coisa é certa: um dia ela vem e não vai ter outro jeito: é caixão mesmo e acabou a maionese da mamãe.
Aqueles que se iludem com jogatinas, podem perder até mesmo a cueca e, seu último par de meias, ou não. De repente, o azarado dá sorte na vida e vira um milionário da noite pro dia.
A prostituição é outro caminho nojento. A garota é bonita e seu sonho é fazer uma faculdade, só que tudo o que ela pode oferecer é seu corpinho. Ela acaba provando por si mesma que não passa de uma fracassada.
Quanto ao caminho das drogas, todo mundo já sabe: é prisão ou cemitério. Não vale a pena e, a tentativa já é por si, a pior de todas as covardias humanas.
Esses miseráveis que vemos às ruas pedindo esmolas se acovardaram do mundo real; não querem pegar no batente e, no pesado então, nem se fala. São pessoas que, em minha opinião, não são e nunca deveriam ser dignas de pena. Por outro lado, mesmo assim, muitas igrejas da cristandade estão os alimentando, ou seja: incentivando-os a continuar sendo vagabundos. A Bíblia é clara quando diz: “E se alguém não quiser trabalhar, então não coma também”. (1 Tessalonicenses 3: 10-12).

Não creiam em oportunidades porque elas não existem. Façam por si e ensine o teu próximo a fazer o mesmo. Não pensem que por fazerem só caridades ganharão por galardão à terra paradisíaca. Não deem esmolas, pois, agindo assim, estarão contribuindo com os fracassados, impotentes e injustos que mais e mais causam vergonha em nossa sociedade.


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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

O CELULAR


Este aparelhinho inventado nos anos 70 (antigo tijolão) chamado celular, sem dúvida, é uma das invenções que deixou o homem, na regra geral, mais abestalhado do que já é por natureza. Quase todo mundo tem e, inclusive eu também tenho um.
Acho incrível como é que um simples aparelhinho que cabe em qualquer bolso ou boceta pode despertar tanta atenção nas crianças, velhos e moços. Já perdeu a graça, se é que um dia teve. O aparelhinho não tem culpa de existir, é claro, porém, nas mãos dos “bicudos” que os utilizam, creio que é capaz até de irritar os demônios e o maioral do inferno quando estão por perto.
Você entra num “busão” lotado de bundões e se depara com aquela conversação nojenta e grudenta. Olha pra baixo e colado às outras bundas vê um anão falando com sua namorada pelo celular e, graças à viva voz, é capaz de ouvir o diálogo dos dois:
- Oi, meu amor! Sou eu, o Napoleão, seu homem. Estou num ônibus lotado.
- Oi Napoleão, meu homem! Estou almoçando e, adivinha o que é que estou comendo?
- Repolhos e ovos cozidos?
- Como é que você adivinhou?
- É que estou sentindo o cheiro daqui, amor.
Sentado num dos bancos vê um corno manso falando no celular com sua amada.
- Oi amor! Tá tudo bem por aí?
- Sim, meu amado. O Batista está aqui comigo.
- Batista?!
- Sim. É teu amigo e, se é teu amigo é meu amigo também.
- Sim, meu amor.
- Ele chegou aqui com uma fome lascada, sabe? Mas já dei de comer a ele.
- O que é que tu deste pra ele comer, amor?
- Peito de galinha e sambiquira.
Ao lado do corno, vê uma crente fanática dizendo ser a mulher de Deus para uma perdida do outro lado da linha:
- Alô Lurdinha! Sou eu, a mãe do Matheus, a mulher de Deus. Agora também estou nessa linha, quer dizer nessa operadora e, quero te dizer que Jesus continua operando em todas as operadoras. O aceite agora é claro! (Atch...tim), oi?! Porque ele tá vivo.
E a mundana responde:
- To de boa irmã. To curtindo a rã com o sapo na lagoa.
E aquele paizão nordestino falando com sua filha no Piauí que foi para Paris?
- Alôa! Onde é que tu foi parar, minha filha?
- Em Paris, papai. Está tudo bem por aí? To com saudades do Brasil e acho que não vou me adaptar aqui não.
- Por que, minha filha?
- Os homens daqui são muitos cherrys.
E o caçula do velho Romão que viajou do Mato Grosso pra longe, pra Londres e, graças ao aparelhinho, mata a saudade do papai e de toda a família?
- Papai, mamãe aqui ta tudo bem. Que saudades! E o Rex? Cadê o Rex? O Rex está por aí? Bota o Rex na linha papai.
- Au! Au!
- Oi Rex! Ta com saudades do Julião, Rex?
- Au! Au!
Imaginem vocês gente? Estão botando até cachorros na linha do celular. Sem contar que até mudos estão usando ele graças ao teclado, se bem que de vez em quando, sai uns sussurrinhos tipo: “Hum! Hiii”!
E aqueles casais do tipo grude que estouram seus créditos naquele bate papo furado, noiado? Enquanto essas pragas não derem um banho de língua em seus celulares e os créditos não terminarem fica aquele grude nojento.
Gente, em minha opinião, somente bacana é quem deveria ter um aparelhinho desses. Não quero dizer com isso que eu seja um bacana, porém, eu respeito o silêncio dos santos. Infelizmente, quase todo mundo tem esse aparelhinho e, vocês sabem por quê? Porque com quaisquer dez reais vocês podem ter um também. Se bobear vem até com câmera, filmadora, cartão de memória e outras histórias. As operadoras, com pena da população sedenta fazem umas ofertas de créditos e estão dando até bônus pros bobos.
O celular nas mãos dos bacanas cai bem porque o papo é rápido, ou seja: objetivo e direto. Não perdem tempo com conversinhas reumáticas, não.
Em suma, creio que esta população doentia tecnologicamente, precisa rezar. E faço um apelo aos bicudos: desliguem seus aparelhinhos de celular quando entrarem na casa de Deus, suas antas! Deixem pra curtir essa modernidade da música em Mp3, Mp4, Mp5 no quintos dos infernos. Amém.


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SONHO DE ÍCARO

VEM AÍ: SONHO DE ÍCARO.

AGUARDEM

terça-feira, 27 de agosto de 2013

A BÍBLIA


A Bíblia é, sem dúvida, um dos livros mais complexos que já pude ler. Bíblia é um termo com origem no grego “biblion” cujo significado é “rolo” ou “livro”. Seus autores são reis, pescadores, profetas, médicos, boiadeiros, rabino, governadores, etc. Porém, do ponto de vista teológico todos foram inspirados por Deus, o Autor da Vida.
Literalmente, traduções exatas não existem. Foram utilizados três idiomas diferentes na escrita dos diversos livros da Bíblia: o aramaico (hoje uma língua morta), o hebraico e o grego. É bom lembrarmos que os cinco primeiros livros são atribuídos a Moisés (o Pentateuco), porém, parte desses livros não o foi porque narram à morte desse profeta (como poderia descrever a sua morte).
Em torno de quarenta homens aproximadamente escreveram a Bíblia. O cálculo, embora pareça fácil, não é exato por alguns motivos: há controvérsia sobre quem teria escrito o livro “Hebreus”. Se for Paulo e já estiver contado nas epístolas não se acrescenta nenhum número. Mas, se não for o apóstolo Paulo o autor, teremos mais um autor.

Não é nada inteligente interpretarmos a Bíblia ao pé da letra como fazem os fanáticos religiosos, porque, como já mencionei, literalmente, traduções exatas não existem. Na época em que a Bíblia foi escrita os costumes eram diferentes dos de hoje; a geração era outra, enfim, nada comparado com a modernidade de hoje. Por isso é que existem tantos preceitos religiosos, seitas e religiões espalhadas pelos quatro cantos da terra. Cada qual interpreta a Bíblia a sua maneira e vira essa salada de fruta.


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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

UMA LEBRE ESPERTA



Pensem numa lebre dócil, carinhosa, amável e muito obediente. Sim, Hanny era tudo isso e digo mais: muito esperta. Seus hobbies prediletos eram pular e cheirar. Ela dava seus pulinhos (invejados pelas pulgas) no jardim e cheirava o perfume das flores, mas, deixava-as quietas. Não as comia não.

Hanny com seus pulinhos passeava pelo jardim e chegava até a casa imensa (tinha acesso livre para entrar e sair) onde moravam Dona Mania e suas três filhas Mani, Manialda e Maninice. E Hanny cheirava tudo: desde as sapatilhas de balé de Mani (a mais velha) até o aroma do café preparado por dona Mania que, coincidentemente, tinha mania de inventar coisas, como por exemplo: café com chantili com gemas de ovos, jiló com azeitonas portuguesas, bolo de melancia com creme de chocolate entre outras coisas.
Certo dia, Maninice, a caçula das filhas de Dona Mania, fez aniversário. O que?! Pensem numa festa. Sua mãe, que tinha mania de inventar de tudo, deu uma festa das porretas. Deixou rolar na vitrola ópera e fez uns bolos diferentes desses populares que todos conhecem. Tinha bolo de camarão com leite condensado, bolo de pepino com abacate e torresmos e, ela não entendeu por que razão, as cinquenta e uma crianças convidadas foram embora para suas casas assim tão cedo. Hanny com seus pulinhos cheirava a tudo e, nem mesmo ela ficou dentro daquela casa. Será que era por causa da ópera que rolava na vitrola? E eu fico me perguntando: será que coelhos e lebres gostam de ópera? Vai saber.
Sucedeu que um dia, quem fez aniversário foi Manialda, a filha do meio. O que?! Ela prendeu sua mãe (que tinha mania de tudo) num dos quartos da casa, porque, desta vez, quem ia dar uma festa diferente era ela. E Manialda fez uns deliciosos bolos na companhia de Lúcia (a autora do legítimo bolo prestígio Lúcia). Gente, a galera se fartou de tanto comer e, foi embora satisfeita para suas casas, é claro. O que?! Rolava até som de Bob Dylan na vitrola.
Pelas altas horas da noite, Manialda acorda em seu quarto e dá um sorrisinho típico daqueles de Juquinha quando ganha uma bala e um balão e diz pra si mesma:
- Agora vou provar do bolo que ninguém comeu: o bolo de cenoura que, nessas alturas, deve estar geladinho na geladeira me esperando.
Manialda vai até a cozinha e, quando abre a geladeira leva um susto.
- O que?! Quem comeu meu bolo de cenoura?
Ela caminha furiosa pela casa e, lá na sala, encontra Hanny folgadamente no sofá comendo o último pedaço daquele bolo de cenoura.
Sábios do mundo inteiro ainda não conseguiram desvendar este mistério: como é que a lebre Hanny conseguiu abrir a geladeira e levar até a sala aquele imenso bolo, já que sua mãe e irmãs juraram que não fizeram isso? Pois é, Hanny com seus pulinhos e cheirinhos se interessou apenas pelo bolo de cenoura, gente. Tinha ainda na geladeira muito bolo prestígio Lúcia, mas, ela nem provou, se bem que cheirou.  


Esqueceram de mim, babies? Não sou a Hanny e sim a Mani.
Há! há! há! há! há!





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UM AMIGO FIEL



Black era um lindo gato preto. Foi adotado quando ainda era pequenino por Dona Nova, uma velha rica que morava sozinha num baita casarão em Gramado – RS.

Black cresceu naquele casarão. Ele desfrutava do bom e do melhor. Comia até mesmo filé de peixe de primeira e caviar. Seu lugar predileto para tirar uma soneca da inércia de não fazer nada na vida, além de comer, beber e dormir, era no sofazão da sala. Pensem num sofá aveludado chique e muito bonito.

Certo dia, logo pela manhã, a velha Nova estaciona sua limusine em frente a seu casarão e, Black que tomava sol no jardim sentiu perigo a vista: é que a velha Nova não estava sozinha. Trazia consigo um lindo cãozinho da raça poodle que foi batizado pelo nome de White. Pensem nos glóbulos sanguíneos de um anêmico. Não. White era mais branco.
Black sentiu-se rejeitado no passar dos dias pela sua dona que já não lhe dava mais a mesma atenção de antes. O pior de tudo era que o cãozinho White parecia ser racista e tinha preconceitos com gatos como muitos cães. A presença de Black o deixava bastante irritado. Black não podia mais tirar sua soneca no sofazão aveludado da sala e muito menos passear pelo casarão. Namorar? Um dia, Black trouxe para conhecer o território onde morava, Belly, uma gata francesa e White a atropelou dali. Black era estupidamente perseguido por White. A velha Nova passava boa parte do dia na cidade fazendo compras e não sabia do que sucedia em seu casarão. 
. Sua empregada Nicinha (diarista) que vinha fazer faxina no casarão duas vezes por semana amava White, porém, não suportava Black e a nenhum gato.
Certo dia, a velha Nova foi sentar em seu sofazão aveludado e deu azar: sentou-se bem em cima de uma poça de urina. O que?! Ela ficou tão zangada que por pouco não matou Black de tanto que lhe bateu.
- Seu gato nojento! A partir de hoje não quero mais te ver na sala e, aliás, em nenhuma parte do meu casarão.
O que a velha Nova não sabia era que aquela urina exposta em seu sofá não era de Black e sim de White.
Nem sequer no jardim do casarão Black podia mais brincar com as borboletas. Era perseguido direto por White. Que cãzinho mau humorado e estressado, gente! O único lugar que Black sentia-se seguro era no telhado do casarão e, mesmo assim, White espumava de tanta raiva querendo pegá-lo.
Certa noite, já pelas altas horas, a velha Nova entra em pânico dentro de seu quarto e grita em desespero:
- Socorro! Socorro!
White que tinha acesso livre para entrar e sair daquele casarão vai até o quarto de sua dona e, simplesmente fica latindo, deixando Black que estava no telhado, curioso como todo gato é. E a velha Nova gritava em desespero:
- Socorro! Socorro!
O que será que estava acontecendo naquele quarto, gente? A velha gritando e seu cãzinho latindo e até uivando. Era um rato dos maiores que apavoravam os dois. Isto é: a velha Nova e seu cãzinho White. 
Pensem num rato grande. E quem foi que disse que ratos têm medo de cães? Graças à curiosidade de Black, ele salta do telhado e corre em direção ao quarto de sua dona e elimina para sempre aquele ratão daquele casarão. O que? White quis expulsar Black dali com seus latidinhos e a velha Nova que assistia a tudo grita:
- Pode parar! Violência, não. Parabéns, meu fiel amigo Black. Você me salvou daquele ratão terrível e, sabe-se lá de quantos outros daqui de meu casarão. Depois de velha aprendi que lugar de gatos é dentro de casa para nos proteger desses invasores. A partir de hoje, se quiser, dormirá em minha cama. E, quanto a você White, não vou humilhá-lo, porém, procure entender: lugar de cachorros é fora de casa. Quem sabe um ladrão venha me assaltar e você pode botá-lo pra correr.
E assim, Black, um amigo fiel da velha Nova teve um final feliz nesta história. Só tinha agora que ficar esperto com os olhares de ódio de Nicinha (a doméstica) e, principalmente de White. Mas, gatos são muito espertos, não são? Black até namorava com sua amada Belly dentro do casarão, gente!


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domingo, 25 de agosto de 2013

O JUÍZO FINAL


Enfim, a profecia das Escrituras Sagradas se cumpriu. O grande dia temido por muitos chegou: O Juízo Final. Quando os anjos tocaram as trombetas nos céus, nações de toda a terra entraram em pânico. Houve grande batalha nos céus e a terra foi atingida. Muitos procuravam morrer, porém, a morte fugia deles. (Apocalipse 9:6) O Filho do Homem (Jesus Cristo) havia dito há milênios atrás que um dia voltaria e levaria consigo a sua igreja e isto se cumpriu. (Apocalipse 22:12).
Havia nos quatro cantos da terra muito choro e ranger de dentes. O Espírito Santo, (a força ativa de Deus) foi retirada da terra, não era mais o Consolador dos humanos. Era tarde para que as pessoas se arrependessem de seus pecados cometidos no percurso de suas vidas. Todos aqueles que amaram e praticaram a mentira; que se adulterou, se prostituiram e cometeram injustiças prestariam contas com o Autor da Vida, o único Deus verdadeiro e Altíssimo sobre toda a terra. Só existiam agora duas opções: a salvação e a condenação. Havia um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não foi achado lugar para eles. Havia mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono e, abriram-se uns livros, e abriu-se outro livro, que é o da vida, e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. (Apocalipse 20: 11 e 12).
Os salvos gozariam de uma vida eterna numa nova terra paradisíaca conforme escreveu o salmista Davi há milênios (Salmos 37:29) e também disse Jesus no sermão da montanha (Mateus 5:5); os condenados seriam lançados num lago de fogo e enxofre (simbólico) que significa a morte eterna, como descreve as escrituras. (Apocalipse 20:14 e 15).
Deus que é puro amor, sem dúvida, estava muito triste, pois, devido a sua bondade infinita queria que todas as suas criaturas se salvassem, porém, jamais, sua palavra voltaria a ele vazia sem antes fazer o que lhe apraz. (Isaias 55:10). Os mansos de coração poderiam vê-lo, (Mateus 5:5), porém, muitos não, mas, poderiam ouvi-lo:
- Amei o mundo de tal maneira, que dei meu Filho Unigênito para que, todo aquele que nele cresse, não perecesse, mas, que tivesse a vida eterna. (João 3:16).
Jesus, o advogado justo, estava ali à direita de seu Pai, o Grande Juiz, para defender ou acusar a muitos. Uma grande multidão, de joelhos dobrados, clamava aos pés de Jesus:
- Senhor, fizemos muitos milagres em teu nome!
- Sim! Expulsamos demônios também em seu nome.
Jesus responde:
- Acaso não lestes nas escrituras que Satanás também opera maravilhas e que faz até fogo descer dos céus? (Apocalipse 13:13) Honraram a mim e a meu Pai com seus lábios, porém, com vossos corações não. (Isaías 27:13). Afastai-vos de mim vós obreiros do que são contra a lei porque nunca vos conheci.
Outro grupo de pessoas protestava:
- Senhor, guardamos o sábado conforme escrito está nos Dez Mandamentos de Deus que foram entregues a Moisés.
Jesus responde:
- Hipócritas! Não entenderam nada. “Pois qualquer que guardar toda a lei, mas, tropeçar em um só ponto, tem-se tornado culpado de todos”. (Tiago 2:10). Eu resumi tais mandamentos do Pai em dois: “Amarás a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a vós mesmos”. (Lucas 10; 27). Fui perseguido por gente como vós desde minha primeira vinda a terra. O Filho do Homem até do sábado é Senhor. (Marcos 2:28). Entenderam agora?

Era um momento de total desespero. É óbvio que ninguém queria ser condenado. Pediam aos prantos para Jesus salvá-los da ira de Deus.

- Senhor, tende misericórdia de nós.
- Perdoe-nos se fomos enganados por preceitos de homens.

Jesus responde:

- Deus não deixa confuso aquele que o busca de verdade. (Provérbios 2: 1-8). Escrito está que haveria um tempo em que os verdadeiros adoradores do meu Pai o adorariam em espírito e em verdade. (João 4: 23). Este tempo chegou.

- Senhor! Senhor! Santificamos ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.

Jesus responde:

- Só há um nome a ser santificado que é o nome de meu Pai. Há milênios ensinei-vos a oração modelo que é o Pai Nosso. (Mateus 6: 9-13).

- Senhor, escrito está que o Pai e o Filho são um.

Jesus responde:

- Hipócritas! Erreis por não conhecerdes as Escrituras. Quando Filipe, um dos meus discípulos pediu a mim que lhe mostrasse o Pai o que foi que eu respondi? “Quem vê a mim vê ao Pai porque eu e o Pai somos um”. (João 14: 8-9). Mais tarde, quando estive reunido com todos os meus discípulos deixei bem claro o que disse: (João 17: 21) Nunca me igualei ao Pai e, pelo contrário, o que vos ensinei? “O Pai é maior do que eu”. (João 14: 28). Todas as obras prodigiosas que realizei quando estive na terra não vinham de mim, mas, sim do meu Pai.

A multidão cala-se e Jesus prossegue:
- Muitos que aqui estão usaram o meu nome para ficarem prósperos. Meu Pai não é o Deus da prosperidade, mas é próspero. Preocuparam em ajuntar tesouros na terra onde a traça e a ferrugem tudo consomem (Mateus 6:19) e esqueceram-se da salvação de vossas almas. E o que dizer de vós mulheres que se preocuparam com suas vestimentas e o não cortar dos cabelos? Não entenderam nada. Para meu Pai o que importa  é a beleza demonstrada num espírito dócil e tranqüilo. (1 Pedro 3: 1 a 5). E também muitos de vocês acharam que ganhariam o céu como morada. Onde leram isso? “Nenhum homem subiu aos céus senão aquele que desceu dele”. (João 3:13). “Os céus são os céus do Senhor, mas a terra a deu aos filhos dos homens”. (Salmos 115:16)
E a multidão voltava a clamar:
- Senhor! Tende piedade de nós! Profetizamos em teu nome falando em línguas estranhas conforme nos ensinou o apóstolo Paulo.
Jesus responde:
- Falar em línguas teve um objetivo específico nos dias apostólicos. Os cristãos primitivos não falavam em línguas desconhecidas nem em línguas dos anjos, nem usavam linguagem ininteligível como forma de oração a Deus, como fazem hoje os pentecostais. Antes falavam em línguas estrangeiras. Movidos pela emoção, pelo fanatismo, vocês acreditaram em suas próprias mentiras. Como poderia o Espírito Santo do meu Pai habitar entre vós se, em vosso meio sempre houve dissensões?
- Vinde para mim vós benditos de meu Pai porque herdarão a terra prometida descrita nas Escrituras Sagradas. Viverão nela para todo o sempre. Sim, todos vós que pregaram as boas novas do reino, não como os hipócritas trazendo vergonha ao meu nome. (Mateus 6: 5-13). Não amaram o mundo, nem no que nele há: examinaram as Escrituras e encontraram nela a verdade (João 5:39). Quanto a vós tímidos, corruptos que amaram e praticaram a mentira serão lançados no grande lago onde está Satanás e seus demônios.
E Jesus absolve também a muitos pedindo ao Pai:
- Pai, perdoe a estes que morreram na ignorância e não conheceram a tua palavra.
E assim, uma das profecias mais lindas escritas na Bíblia Sagrada se cumpriu: “Os mansos herdaram a terra e se deleitaram na abundância de paz”. (Salmos 37:11). “E Deus enxugou dos olhos de seus filhos toda a lágrima e prometeu que nunca mais haveria pranto, nem clamor, nem dor”. (Apocalipse 21:4).


quinta-feira, 15 de agosto de 2013

DR. BOAS X EMAILS



Parabéns pelo seu blog, Dr. Boa! Todas as suas histórias são ótimas, muito bem boladas. Cito “O Milagreiro” que mais gostei. Fiquei admirado com a inteligência brilhante de Honésio que levou um bom dinheiro num cambalacho que, por sinal, trouxe bom resultado ao solicitante. Sílvio, cabeleireiro, Campinas – SP.
DR. BOA
Pois é, Sílvio. Honésio meu personagem tem uma mente brilhante mesmo. Pena que ele exercita-a para o lado mal querendo sempre levar proveito da situação. É frio e calculista e muito esperto.
Não dá para entender qual é a tua, Dr. Boa no que se diz respeito a Deus. Uma hora, o Sr. o exalta como o Autor da Vida e, outra hora escreve piadinhas como “A Preocupação de Deus aos Humanos”, “A Arca de Noé” e outras. Acaso, zombas de Deus? Luís Carlos, estudante de teologia, Governador Valadares – MG.
DR. BOA
Caro Luís Carlos, você que estuda teologia não pode e não deve achar que Deus é carrancudo e mau humorado. Jamais desrespeitei o Autor da Vida e, muito pelo contrário, o exalto sempre. Deus é muito sábio e gigante para se importar com minúcias da vida. Quem pode me assegurar que Ele não ri também das minhas histórias? Você?
Adorei a história “Fé, Amor e Paciência”. Por incrível parecer, existem pessoas assim como José e Maria que, são dominadas pelo fanatismo religioso. Acho que tudo aquilo que é demais, é doentio mesmo. Irene, auxiliar de escritório, Campo Largo – PR.
DR. BOA
É isso daí, Irene! Tudo na vida tem que ter a dosagem certa. João e Maria não tiveram cautela e, se deixaram envolver por uma fé totalmente cega. É evidente que pessoas assim só tendem a perder na vida. Um abraço.
Por que é que suas histórias sempre têm um final triste quando o assunto é sexo? Cito “Fala Fina”, por exemplo. Ary, bioquímico, Juiz de Fora – MG.
DR. BOA

Caro Ary, que final você queria ler na história “Fala Fina”? Veja bem: meu personagem Napoleão gostava mesmo era de homem e Anita nunca soube disso. Mesmo ele tendo a fala fina, sem membro terminou feliz com Braulião com quem tinha um caso. Não sei onde é que você viu um final triste nesta história. Que fim esperava que Napoleão tivesse?

sábado, 10 de agosto de 2013

DR. BOA E O PAPA FRANCISCO


A história da Igreja Católica cobre um período de aproximadamente dois mil anos1 e relata os eventos de uma das mais antigas instituições religiosas em atividade, influindo no mundo em aspectos espirituais, religiosos, morais, políticos e sócio-culturais. Os seus membros crêem que foi fundada por Jesus Cristo. A história da Igreja Católica é integrante da História do Cristianismo e da história da civilização ocidental.2
A Igreja Católica acredita que "está na História, mas ao mesmo tempo a transcende". Segundo o seu Catecismo, "é unicamente 'com os olhos da ' que se pode enxergar a sua realidade visível, ao mesmo tempo, uma realidade espiritual, portadora de vida divina".3

Pois é, amados. Conheci um grande homem e, digo mais: tive o privilégio de almoçar e jantar com ele que, em minha opinião, é mais popular do que Barrerito, o cantor das andorinhas.
No mundo de hoje, parece que muitos perderam o amor altruísta. As velhinhas modernas estão andando de skates e os velhinhos banguelas de bengalas estão dançando forró na esperança de conquistarem as ninfetinhas do nosso mundão. Vamos matar os véios, Sô? Isto é pura verdade: a esperança é sempre uma criança e é a última que morre. O velho pode morrer, porém, a esperança permanece no memorial da saudade até que se esqueçam dela. Aí ela morre também. Não tem jeito.
O Papa Francisco é um exemplo para todos nós. Humilde feito um cabrito que, antes de morrer se ajoelha. Devemos ser humildes como o cabrito e, principalmente como o Papa Francisco. Mandem o orgulho para o inferno, seus hipócritas. Peçam bênção para o Papa e dêem um banho de loja nos mendigos. Não esqueçam de alimentá-los também, é claro. Para que tanto orgulho e tanta arrogância? O sujeito compra um sapato de marca e acha que só ele pode pisar. Pode parar cebolinha em conserva metida! A mocinha ganha um celular de seu namorado e sai por aí exibindo, falando com as amigas. Enquanto esta anta não for assaltada pelos bandidos, levar uma coça e não perder seus dentes de sorriso colgate, ela não se toca.
O Papa Francisco é mais do que uma criatura. É um ser e, podem crer que ele sempre irá aparecer. Não é necessário senhas para falar com ele, porém, lembrem-se: têm que ter o privilégio como eu tive e, principalmente, um coração puro feito aquele de Maria bíblica. Treinem suas caras nos espelhos. Façam aquela carinha de amor. Sorriam e saibam que vocês estarão sendo filmados pelos anjos ou pelos espíritos, ou, se preferirem, pelas almas penadas. Morangos fazem um bem imenso para o coração. Comam morangos.

Peço aos mal educados, aos filhos rebeldes que estão tomando espaço no globo terrestre, de norte a sul, de leste a oeste que respeitem este grande homem que é, sem dúvida. o Papa Francisco. Uma figura linda, implacável que dá uma surra em Pelé, Maradona e Xuixa e muitos outros. O Papa representa os flashbacks dos bons tempos em que havia verdadeiro talento. Era o tempo que a menina chupava prazerosamente a laranja lima. Hoje? Uall, uall! Ela prefere chupar halls. Essa modernidade não está com nada, meus leitores cheirosos, mas, let it be como cantavam os Beatles.




O Papa Francisco já foi nenenzinho como eu e você. Olhem só que belezinha saiu do ventre de Maria. Eu diria que é um quase Jesus.




O Papa Francisco já foi jovem. Já foi Júnior e, olhe só às claras, Dona Clara que delícia de Júnior. Deixa ou não deixa as bichas carecas ou cabeludas aguçadas?
Pena que um dia a carne envelhece e apodrece, não é? Choro muito por isso, porque a velhice assusta as crianças. Fazer o que, né?




Hoje, Francisco Ferreira Lagoa da Boa Júnior, pai de 22 filhos, nordestino porreta da Paraíba, o grande Papa já está velhinho, mas, continua sorrindo. Há, há, há, há.




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sexta-feira, 9 de agosto de 2013

O EMOTIVO



Emotivo é aquele que se emociona facilmente por qualquer coisa. Daí eu pergunto: isso é normal?

Pensem num homem emotivo. Aquele que anda com uma coleção de lenços em seu bolso; chora assistindo uma novela mexicana; ao ver um mendigo com os pés sujos; um menininho obeso comendo doce; uma cadela sarnenta se coçando; um papagaio verde cantando o hino do Corinthians; um besouro louco batendo a cabeça na parede; uma velhinha de bengala subindo um morro; um bicho preguiça criança com preguiça de brincar; uma bicha mal amada, etc.



Assim era Felício. Um sujeito que chorava até pelo fato de ser feliz demais. Carinhoso feita uma mamãe gata dando um banho de língua em seus filhotinhos; sentimental como a sogra de Pedro bíblico. 

Felício conheceu Aurora coincidentemente na aurora do dia. Ele solteirão e ela também, iniciaram um romance. O maior prazer de Felício era falar e a pacífica e paciente Aurora gostava de ouvi-lo, afinal, o amor é lindo e, será que isso tem haver? Os assuntos de Felício eram variados e, mesmo que as histórias que ele contava tivessem um final feliz, caíam de seus olhos lágrimas capazes de encher baldes. Ele amava demais a bela Aurora e chorava por isso e, também pelo medo de perdê-la um dia. Vivia dando-lhe buquê de flores e, um dia, a pediu em casamento. 

É claro que ela aceitou, mas, Felício teria que pedir permissão ao velho Neocid, (um veneno de homem) pai da bela e encantadora Aurora.
O sangue de Jesus tem poder, como dizia a crente e religiosa Ruth, o velho Neocid que era amargo feito um jiló ficou doce feito aquele doce de batata doce com a presença de Felício em seu sítio. Felício contou ao velho tantas histórias bonitas e tristes que fez o velho chorar e, olha que isso era difícil e, é claro que o velho liberou sua única filha para se casar com Felício numa única condição: que fosse viver bem longe dele. O que é isso, Sô? Felício falava demais.
No casamento no civil Felício molhou o livro do juiz com suas lágrimas e, por pouco isso não deu problema; no religioso, com suas lágrimas emotivas comoveu até o padre que também chorou feito um bezerrinho.

Felício e Aurora queriam passar uns dias na casa do velho Neocid. Vichi nossa! Felício garrava a conversar com o velho na cozinha do sítio até raiar um novo dia. O velho Neocid não estava mais suportando aquilo, mas, acabou gostando do genro que era um bom rapaz, porém, falava demais.
Felício apresentou ao sogro sua mãe Germicida e, como os velhos eram viúvos não deu outra: juntaram os trapos e passaram a morar juntos na casa do sítio.
Paciência também tem limites, não é Jó? A bela Aurora não estava mais suportando a ausência do marido Felício em sua cama. Ficavam os três na cozinha, isto é: Felício, sua mãe Germicida que também adorava um papo e, o velho Neocid numa conversa que não tinha fim. O tagarela Felício só ia dormir na aurora do dia. Vichi! Ele não queria trabalhar não, Sô! Acordava ao meio dia com a barriga roncando de tanta fome e ia direto pra cozinha onde estava sua amada Aurora, que, nessas alturas, já estava mau humorada, preparando a comida pros vagais: marido, pai e sogra.
O velho Neocid teve um infarto e morreu. Felício foi o que mais chorou, o que não foi novidade. O velho deixou um bom dinheirinho para a filha Aurora e, Felício se contentou tanto com isso que teve que chorar para não perder o costume.
Felício agora conversava com sua mãe Germicida que também era uma vadia, acordava depois do meio dia e não fazia nada, com exceção a comer e prosear com seu filho tagarela enquanto Aurora fazia todos os serviços domésticos sozinha.
Amados, o tempo passou porque ele (o tempo) não espera ninguém que também passam por ele. Seis anos de casados, unidos pelo selo sagrado, Felício e Aurora sem nenhuma relação. Nem só de diálogo vive o Diabo. Aurora se tocou que, daquele homem, ela jamais poderia esperar alguma coisa, com exceção a palavras e lágrimas. Resolveu dar um basta naquela situação solitária que vivia e, afinal, ela tinha um bom dinheiro e isso iria ajudá-la. Bonita feita uma geleia colorida não poderia ficar sozinha. Comprou um carro e foi pras baladas conhecer boys, porque seu marido era um boi. Só comia, caramba! Aurora meteu-lhe uns chifres e, cansada de fazer isso, delicadamente pegou Felício pelo pescoço, o empurrou sobre o sofá da sala, onde ele caiu sentado e lhe disse:
- Marido, estou grávida de Saci, o (Pererê) que tem uma perna só, mas, isso não importa. Quero que você e a senhora da sua mãe vazem daqui porque o Saci está chegando por aqui.
Vichi! Felício e sua mãe vazaram Dalí mesmo. Felício chorou tanto, mas, tanto que, antes de morrer confessou em lágrimas para parentes e amigos:
- Fui perder logo para um Saci.

Parece que agora, ele tinha um bom motivo para chorar , não é? E assim, Aurora e Saci, o (Pererê) foram felizes para sempre.



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