Anestésio
e Anestésia realmente nasceram para ficar juntos e, mesmo que morram, ou,
desencarnem, segundo os espíritas, ficarão eternamente juntos, pois seus nomes
já estavam escritos nas estrelas e, o encontro aqui na terra, não foi por
acaso.
Pensem
num amor grude. Pensaram? Chiclete cola, corega, carrapato, perdem feio pro
grude dessas criaturas. Se eu vivesse mais duzentos anos, jamais, encontraria
um amor assim tão grude feito o desses seres.
Anestésio
é de baixa estatura, físico desengonçado, d ‘estruturado, assustador, terrível.
O sujeito é analfabeto, sem modos, peida e rota em público e, ainda ri feito um
retardado.
Anestésia
é uma espécie de rascunho do caos do inferno. Feia que dói a alma de uma
indefesa barata querendo dizer em agonia que ela não sai cara.
Que
amor é esse Giré dos giros, gira sóis, girações, gerações e de tudo o que gera?
Será que a perereca pularia no saco do sapo por amar os sapinhos? Será que a
cobra precisaria de um rabo? Pensem num ser de braços, mãos, pernas e pés
amputados. Pensaram? De repente, vem uns bichinhos e bicha a goiaba. Irmandade,
coceira é piedade, tem que coçar. Assim é o grude do amor de Anestésio e Anestésia.
Um nasceu pro outro e não adianta. O chulé, por exemplo, não existe nada,
absolutamente nada que ele mais admire do que os pés. Ele e sua equipe ficam
puto da vida quando os sujeitos passam creminhos, pomadinhas, etc. A vida deles
(vírus do chulé) está nos pés. Eles podem até morrer numa lavada, cremada ou
pomadada, mas, eles voltam. Bobeiam pra ver.
Pensem
numa bunda. Pensaram? Pois é: a bunda de Anestésia é demais, capaz de abastecer
bilhões de vermes parasitas que ficam às escondidas no interior do vaso
sanitário esperando massas suculentas de infinitas sustâncias com suas
linguinhas fininhas.
Anestésio
e Anestésia se amam de tal forma que se anestesiam. Peraí! Não usam drogas,
não! É suor de boca, de língua, de hálito, de tudo. Na hora do “lambe boca”, a
paixão, o amor grude, se revelam. Miudinhos de lasquinhas de frango ou galinha,
carne cozida, frita ou assada saem na risada demoníaca do bafo grude. Que
porquice, mãe de toda a imundície! Imaginem vocês, carnes mastigadas prontas
para caírem no estômago da miséria ser trocadas nas bocas imundas. Isto é
escatológico demais!
Ambos
se casaram e, por sorte das crianças, não as tiveram. Deve ter alguma coisa
errada no interior desses seres que não produzem genes. Mas, eles não estão
preocupados com isso. O que realmente importa para eles é o “Love me tender”, o
“Meteoro da paixão”, o “Chá, chá, chá do chun, chun, chun, pega lá dá cá que eu
te dou mais um”.
O
casal vive de uma energia “amorítica”, de um “lambe bocas” daqueles de limpar
os fiapos de carne que ficam nos vão justíssimos dos dentes. Eles não se
beijam. Eles se lambem. Isso é um escarro cuspilar que só pela misericórdia das
línguas.
Anestésio
adora quando encontra em suas refeições cabelinhos de Anestésia. Ele come com
prazer e, ainda baba feito um louco e diz: “To comendo teu cabelinho”.
Ela também adora os pelinhos de Anestésio, porém, ela arranca-os com seus
dentes. E, o macaco perde pra ele na quantidade de, pelo menos pelinhos.
Quando
Anestésia vai ao banheiro e, eu diria “privada” mesmo, a porca não quer
privacidade não. Chama o amado pra vê-la defecar. E que careta essa imundície
faz, amados!
Anestésia:
- Ai! Ai! Han, Hun! Ai! Ai!
Han! (PLUFPLOFT)
Anestésio:
-
Amor, saiu tudinho, né?
Anestésia:
-
Han, hun! Vai à saideira (han) agora: (PLUFPLOFTBUNCHÁCHÁCHÁCHUN<CHUNCHUN)
E
eles se lambem, lambem e, não precisa ser bicha francesa pra dizer “UÍ,
Mona, que coisa horrorosa!”.
Pois
é, gente amada: eu achava que tinha visto de tudo, mas, não. Um amor grude
feito esse só pela misericórdia da amnésia.
doutorboacultural.blogspot.com/
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