Com mais de 82, 8 milhões de habitantes, a Etiópia apresenta vários problemas sociais. Conforme dados divulgados em 2010 pela Organização Das Nações Unidas (ONU), o índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país é um dos menores do mundo: O, 328. Metade dos etíopes sofre de subnutrição crônica; a taxa de mortalidade infantil é alarmante (77 óbitos de cada mil nascidos vivos) e o índice de analfabetismo é de 64%.
É impressionante ver o número de crianças, adolescentes e jovens freqüentando a escola: uma verdadeira avalanche humana cheia de vida e ânsia de futuro, mesmo que não haja livros e salas para todos com carteiras, quadros e giz. Ainda que haja professores com 250 alunos, o importante é ir à escola!
Os alunos, sobretudo nas aldeias, não tem mochilas, fardas, sapatos e nem cadernos: o único material escolar que levam é, no máximo, uma caneta, um lápis, geralmente, quase gasto, um pedaço de papel e uma borracha. Com este material nas mãos, correm todas as manhãs para a “escola”, felizes por poderem aprender a ler, escrever e a contar.
O que mais me admira é que a maioria dos alunos vai à escola sem ter feito uma refeição. A pobreza de suas famílias não lhe permite o luxo de comer mais do que uma refeição por dia. E, isto na melhor das hipóteses, porque não raramente, pode acontecer que tenham de ir dormir sem comer nada. Mas, felizmente, há outra fome que os devora: é a fome de aprender e de saber para poder sonhar com uma vida melhor. Lá no fundo, trata-se de um grande desejo de se libertar de tantos limites e escravidões. É a fome de liberdade, direito ao qual todo ser humano não quer renunciar.
Meus respeitos a Etiópia. Confesso que me comove ver em cada semblante dessa gente sofrida, tanta miséria, tanta desgraça. Como é que essa gente sobrevive, meu Deus? É muita fome, grande tormento, tribulação e, o mundo vê isso e o que faz?
Eu gostaria muito, mas, muito mesmo de, antes de fechar meus olhos, despedir da vida, a qual eu respeito muito, de poder fazer alguma coisa, ao menos para algumas daquelas crianças. Aí sim, eu descansaria em paz como os grandes e verdadeiros heróis.
Procuro levar entretenimento e alegria para todos, mas, confesso que também choro, porque, é impossível viver a vida do “faz de conta”. Eu amo as crianças porque elas são puras; são anjos inocentes que, como eu e você, não viemos ao mundo por acaso. Quando consigo arrancar um sorriso de um rostinho infantil, sinto-me realizado. Eu rio com as crianças e para as crianças. Como isso faz bem gente!
Amor, carinho, atenção e dedicação são tudo o que uma criança precisa. Vamos todos refletir por instantes no sofrimento que vive a Etiópia e o que, cada um de nós pode fazer para ajudá-la.
Dr. Boa:
- Bebê Etíope, tudo bem com você?
Bebê Etíope:
- Tudo bem, tio. Vai passar na teevisão esse intevista?
Dr. Boa:
- Sem dúvida, bebê. Via internet, youtub e tudo. O que pretende ser quando crescer?
Bebê Etíope:
- Eu petendo ser jogador de futebol.
Dr. Boa:
- Para isso tem que comer muito para crescer forte e sadio.
Bebê Etíope chora.
Dr. Boa:
- Por que chora bebê?
Bebê Etíope:
- Não tem muita comida, tio. Eu e meus imãozinhos só vê comida boíta na teevisão da casa do meu padinho. Ele é rico, mas, não pode ficar sutentando a gente todo dia, né?
Dr. Boa:
- Então, peraí! E se eu te levar pro meu país, Brasil, você vem comigo? Lá tem muita comida.
Bebê Etíope:
- Basil? Meu sonho era conhecer o Basil, tio! Queía viver lá, não só por causa da comida, mas, principalmente porque não tem guerra. É tão tiste ver os home jogando bomba e distuindo tudo. Aqui não tem mais o que distuir. Mas, o tio leva meus imãozinhos também?
Dr. Boa:
- Minha vontade seria levar toda a Etiópia, bebê. Falarei com a presidente Dilma, me aguarde.
Bebê Etíope:
- Tio, é verdade que lá no Basil tem muito danoninhos? Eu nunca comi aquilo. Deve ser gotoso, né tio?
Dr. Boa:
- Tão gostoso que eu trouxe um avião carregado de danoninhos para você e seus irmãozinhos.
E o Bebê Etíope chorou de tanta alegria e, eu despertei de mais um sonho. Sem comentários.
Nenhum comentário:
Postar um comentário