O sentimento agonizante que nos faz chorar, que abala nosso
espírito, ao perder algo material, por exemplo, conquistado por nossos méritos,
sem dúvida, é abalável, terrível, inefável.
O ladrão não tem consciência do grande mal que está causando
a seu semelhante ao lhe roubar. Rouba algo que não é seu, não trabalhou para
possuir aquilo que roubou. É mau caráter na sociedade e deveria ser lançado
fora dela.
Luíza era uma moça linda em todos os sentidos. Tinha um
carisma muito grande dentro de si e procurava fazer bem a todos, caso estivesse
ao seu alcance.
Como era lindo aquele amor! Luiz era um bom rapaz. Não tinha vícios, era responsável e, o mais importante: amava verdadeiramente Luíza. Desta linda união vieram os gêmeos
Lucas e Leandro.
Luíza era uma mãe tão coruja e tão apaixonada pelo marido e
filhos que armazenou no cartão de memória de seu celular pelo menos duas mil
fotos deles.
Sucedeu que um dia, Luíza, que cursava medicina na faculdade
e estava no último ano para se formar, adoeceu. Foi ao médico e descobriu que
estava com leucemia e, nada disse ela ao marido e aos filhos. Ela não sabia por
quanto tempo iria conseguir esconder isso.
Lucas e Leandro, seus filhos, estavam de férias do colégio e Luiz,
o pai, resolveu levá-los ao parque de diversão. Luíza não os acompanhou porque
estava indisposta.
Quando voltavam do passeio para a casa, lamentavelmente
ocorre um terrível acidente. O Fiat Uno em que estavam Luiz e seus filhos
chocam com uma carreta e, morrem todos na hora. Seus corpos ficam num estado
irreconhecível.
Luíza,
sem nada saber, voltava do hospital para sua casa e é abordada por um marginal
que lhe rouba o celular, seus documentos e algum valor em dinheiro. Ela não
queria creditar que aquilo estava acontecendo com ela. Ficou sabendo o que
aconteceu com o seu marido e filhos e, aí sim, seu mundo desabou. Luíza caiu em
depressão porque não tinha sequer uma foto de seu marido e filhos.
Todas estavam no celular. Dois meses depois ela entra em
óbito.
Uma criatura que rouba não pode e não deve ser chamada de
gente. É como um inseto humano que não tem sentimento. Dependendo do ladrão,
ele, além de roubar, é capaz de matar e, sinceramente, Direitos Humanos para
mim, são somente para humanos.
doutorboacultural.blogspot.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário