Não existe nada, absolutamente nada
que seja mais temível do que a morte. Muitos morrem confiantes de que, em algum
lugar deste gigantesco, esplendido e infinito universo a vida continua, porém,
ninguém, absolutamente ninguém tem a real certeza de nada. É claro que
preferimos acreditar que nossa história não termina aqui: que deve existir um
suposto lugar, quem sabe um paraíso onde viveremos para todo o sempre e,
talvez, é exatamente esta crendice, esta esperança que nos leva a suportar a
vida. Se a morte for de fato o final de tudo nunca saberemos qual é o sentido
da vida e o por que de estarmos aqui.
João era um homem religioso,
apaixonado pelo cristianismo. Pregava as maravilhas de Jesus e, graças a sua
boa oratória ganhava muitas almas para Deus. Tirou muita gente das drogas e do
mundo do crime. Era ele um bom exemplo de vida. Não tinha nenhum tipo de vício
e procurava sempre o caminho da perfeição, da salvação.
Certa noite, quando João voltava da
igreja para a sua casa com sua esposa e duas filhas quatro marginais abordam o
seu carro dando voz de assalto. Vários tiros são disparados. João não queria
acreditar que aquilo estava acontecendo com ele e com sua família.
Acordou num lugar lindo, todo florido
e entendeu que aquele lugar era o Paraíso e, que também estava morto pra vida
terrena. Não viu ali sua esposa e filha, porém, um homem vestido de túnica
branca (que ele supos ser Jesus) lhe disse:
- Não se preocupe. Sua esposa e
filhas passam bem.
Que lugar lindo era aquele Paraíso!
Ruas cobertas de toda espécie de pedras preciosas como o jaspe, safira,
esmeralda, topázio, ametista e outras. Um lugar repleto de ouro puro,
semelhante a vidro límpido. Alí João viveria para todo o sempre.
Realmente foi um sonho muito lindo
que durou trinta dias em que esteve em coma no hospital. Quando acordou deste
sonho descobriu que nunca mais poderia andar, nem falar; que sua esposa e
filhas morreram vítimas das balas disparadas por aqueles bandidos.
Uma pergunta: “Será que a esposa e as
duas filhas de João estão naquele Paraíso ou será que morreram para sempre?”
doutorboacultural.blogspot.com/
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