quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

HORAS DE AFLIÇÃO (19) A MORTE

Não existe nada, absolutamente nada que seja mais temível do que a morte. Muitos morrem confiantes de que, em algum lugar deste gigantesco, esplendido e infinito universo a vida continua, porém, ninguém, absolutamente ninguém tem a real certeza de nada. É claro que preferimos acreditar que nossa história não termina aqui: que deve existir um suposto lugar, quem sabe um paraíso onde viveremos para todo o sempre e, talvez, é exatamente esta crendice, esta esperança que nos leva a suportar a vida. Se a morte for de fato o final de tudo nunca saberemos qual é o sentido da vida e o por que de estarmos aqui.
João era um homem religioso, apaixonado pelo cristianismo. Pregava as maravilhas de Jesus e, graças a sua boa oratória ganhava muitas almas para Deus. Tirou muita gente das drogas e do mundo do crime. Era ele um bom exemplo de vida. Não tinha nenhum tipo de vício e procurava sempre o caminho da perfeição, da salvação.

Certa noite, quando João voltava da igreja para a sua casa com sua esposa e duas filhas quatro marginais abordam o seu carro dando voz de assalto. Vários tiros são disparados. João não queria acreditar que aquilo estava acontecendo com ele e com sua família.
Acordou num lugar lindo, todo florido e entendeu que aquele lugar era o Paraíso e, que também estava morto pra vida terrena. Não viu ali sua esposa e filha, porém, um homem vestido de túnica branca (que ele supos ser Jesus) lhe disse:
- Não se preocupe. Sua esposa e filhas passam bem.
Que lugar lindo era aquele Paraíso! Ruas cobertas de toda espécie de pedras preciosas como o jaspe, safira, esmeralda, topázio, ametista e outras. Um lugar repleto de ouro puro, semelhante a vidro límpido. Alí João viveria para todo o sempre.
Realmente foi um sonho muito lindo que durou trinta dias em que esteve em coma no hospital. Quando acordou deste sonho descobriu que nunca mais poderia andar, nem falar; que sua esposa e filhas morreram vítimas das balas disparadas por aqueles bandidos.
Uma pergunta: “Será que a esposa e as duas filhas de João estão naquele Paraíso ou será que morreram para sempre?”


doutorboacultural.blogspot.com/

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