quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

HORAS DE AFLIÇÃO (20) O LADRÃO

O sentimento agonizante que nos faz chorar, que abala nosso espírito, ao perder algo material, por exemplo, conquistado por nossos méritos, sem dúvida, é abalável, terrível, inefável.

O ladrão não tem consciência do grande mal que está causando a seu semelhante ao lhe roubar. Rouba algo que não é seu, não trabalhou para possuir aquilo que roubou. É mau caráter na sociedade e deveria ser lançado fora dela.
Luíza era uma moça linda em todos os sentidos. Tinha um carisma muito grande dentro de si e procurava fazer bem a todos, caso estivesse ao seu alcance.

 Conheceu um rapaz na faculdade onde cursava medicina e, com o tempo, casou-se com ele.
Como era lindo aquele amor! Luiz era um bom rapaz. Não tinha vícios, era responsável e, o mais importante: amava verdadeiramente Luíza. Desta linda união vieram os gêmeos
Lucas e Leandro.
Luíza era uma mãe tão coruja e tão apaixonada pelo marido e filhos que armazenou no cartão de memória de seu celular pelo menos duas mil fotos deles.
Sucedeu que um dia, Luíza, que cursava medicina na faculdade e estava no último ano para se formar, adoeceu. Foi ao médico e descobriu que estava com leucemia e, nada disse ela ao marido e aos filhos. Ela não sabia por quanto tempo iria conseguir esconder isso.
Lucas e Leandro, seus filhos, estavam de férias do colégio e Luiz, o pai, resolveu levá-los ao parque de diversão. Luíza não os acompanhou porque estava indisposta.
Quando voltavam do passeio para a casa, lamentavelmente ocorre um terrível acidente. O Fiat Uno em que estavam Luiz e seus filhos chocam com uma carreta e, morrem todos na hora. Seus corpos ficam num estado irreconhecível.
Luíza, sem nada saber, voltava do hospital para sua casa e é abordada por um marginal que lhe rouba o celular, seus documentos e algum valor em dinheiro. Ela não queria creditar que aquilo estava acontecendo com ela. Ficou sabendo o que aconteceu com o seu marido e filhos e, aí sim, seu mundo desabou. Luíza caiu em depressão porque não tinha sequer uma foto de seu marido e filhos.
Todas estavam no celular. Dois meses depois ela entra em óbito.
Uma criatura que rouba não pode e não deve ser chamada de gente. É como um inseto humano que não tem sentimento. Dependendo do ladrão, ele, além de roubar, é capaz de matar e, sinceramente, Direitos Humanos para mim, são somente para humanos. 


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quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

A MANSÃO DOS MEUS SONHOS

Dizem que a oportunidade bate apenas uma única vez a nossa porta, porém, nestas horas, é inteligente pegar, não a deixar ela escapar.
Ângela Florida era uma mulher bonita feita um pêssego e, também muito bem de vida. Inteligente feita um raciocínio gordo, tinha um excelente bom gosto, porém, por ser muito ambiciosa queria sempre ter mais e mais.
Freqüentava-a um finíssimo e luxuoso salão de cabeleireiros em Perdizes, bairro de São Paulo e, certo dia, enquanto ela fazia as unhas dos pés naquele salão ficou surpresa com certo anúncio que leu. Um homem estava vendendo uma mansão impecável e em perfeito estado por uma migalha. Uma mansão que valeria, no mínimo uns cinco milhões de reais, o homem estava vendendo por apenas hum milhão. Ela liga de seu celular para tal de José e, mal consegue respirar de tanta ansiedade.
- Senhor José? Sou eu, Ângela Florida. Vi seu anúncio num papelzinho e queria saber mais detalhes sobre a mansão que está vendendo.
O homem do outro lado da linha, com uma voz bem calma, suave diz:
- Pois é Dona Ângela Florida, creio que não venderei mais.
- Mas, por quê?!
- Porque está barata demais, baby.
Após muita insistência de Ângela Florida interessada em comprar aquela mansão, marcam um encontro na tarde de sábado num finíssimo restaurante em São Paulo e, lá, Ângela Florida faz questão de pagar as despesas que saíram caras. O tal José mostra um vídeo da mansão por dentro e por fora em seu notebook e, por pouco, ela não desmaia.
- É a mansão dos meus sonhos, senhor José.
De repente, o celular de José toca e ele atende. Minutos depois diz para Ângela Florida:
- Desista.
- Mas, por quê?!
- Tem outra mulher interessada em comprar a mansão e ela quer me dar por ela dois milhões de reais.
Ângela Florida não quer perder:
- Também lhe dou este valor, mas, por favor, venda para mim.
Conversa vai, conversa vem, José conclui:
- Bem, já é tarde e sugiro que durma comigo esta noite e não te arrependerás. Amanhã de manhã é domingo e te levarei, caso queiras para conhecer ao vivo e às cores minha luxuosa mansão. É pegar ou largar. Largou?
- Não! Claro que não larguei nada não. Durmo sim esta noite contigo e,amanhã me leve para conhecer a mansão.
Passaram a noite coladinhos um ao outro num luxuoso hotel e, Ângela Florida fez questão de pagar as despesas.Na manhã de domingo, após tomarem em senhor café reforçado, José leva Ângela Florida para conhecer a mansão situada no Jardins, bairro nobre de São Paulo. Lá, ela encanta-se de vez e, até chora:
- E a mansão dos meus sonhos.
José, calmamente diz a Ângela Florida:
- Desista.
- Mas, por quê?!
- Tem realmente os dois milhões para me pagar?
- É claro. Após tudo certinho em cartório, é claro.
- Desista, baby.
- Mas, por quê?
-Porque tudo isso daí pode demorar muito e não quero corretor nenhum no meio dessa jogada de louco que estou fazendo. Preciso viajar amanhã com urgência para Paris, na França. Minha avó paraplégica está gravemente com diarréia e precisa de remédios e...
Ângela Florida sugere:
- Façamos o seguinte: adianto para ti amanhã que é segunda-feira hum milhão de reais e o senhor vai para Paris ver tua avó e, quando voltar vamos até o cartório e resolvemos o resto.
E assim, Ângela Florida e José passam mais uma noite juntos num luxuoso hotel tudo pago por Ângela Florida. Na manhã de segunda-feira vão ao banco e, Ângela Florida passa nas mãos de José hum milhão de reais.
- Como confiastes em mim baby e, nem sequer recibo pediste-me, confiarei em ti também. Entrego-te as chaves da mansão e mude para lá, tu e a tua família hoje mesmo, caso queiras.
Que furada Ângela Florida cometeu, meu Deus! A verdadeira identidade daquele homem não era José e sim Honésio, um golpista. Ele se apresentou na imobiliária munido de documentos falsos, conseguiu as chaves fazendo cópias delas, gravou um lindo vídeo da mansão por dentro e por fora e, depois, para se livrar do pepino que poderia lhe sobrar devolveu as chaves na imobiliária, ficando com as cópias das chaves. Aproveitou agir rápido no final de semana, onde geralmente, as imobiliárias não trabalham.
Ângela Florida,coitada, levou para a mansão sua grande família e se meteu legitimamente numa fria. Foi atuada em fragrante por invasão à domicílio pela polícia. E pensar que aquela era a mansão dos seus sonhos.

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HORAS DE AFLIÇÃO (19) A MORTE

Não existe nada, absolutamente nada que seja mais temível do que a morte. Muitos morrem confiantes de que, em algum lugar deste gigantesco, esplendido e infinito universo a vida continua, porém, ninguém, absolutamente ninguém tem a real certeza de nada. É claro que preferimos acreditar que nossa história não termina aqui: que deve existir um suposto lugar, quem sabe um paraíso onde viveremos para todo o sempre e, talvez, é exatamente esta crendice, esta esperança que nos leva a suportar a vida. Se a morte for de fato o final de tudo nunca saberemos qual é o sentido da vida e o por que de estarmos aqui.
João era um homem religioso, apaixonado pelo cristianismo. Pregava as maravilhas de Jesus e, graças a sua boa oratória ganhava muitas almas para Deus. Tirou muita gente das drogas e do mundo do crime. Era ele um bom exemplo de vida. Não tinha nenhum tipo de vício e procurava sempre o caminho da perfeição, da salvação.

Certa noite, quando João voltava da igreja para a sua casa com sua esposa e duas filhas quatro marginais abordam o seu carro dando voz de assalto. Vários tiros são disparados. João não queria acreditar que aquilo estava acontecendo com ele e com sua família.
Acordou num lugar lindo, todo florido e entendeu que aquele lugar era o Paraíso e, que também estava morto pra vida terrena. Não viu ali sua esposa e filha, porém, um homem vestido de túnica branca (que ele supos ser Jesus) lhe disse:
- Não se preocupe. Sua esposa e filhas passam bem.
Que lugar lindo era aquele Paraíso! Ruas cobertas de toda espécie de pedras preciosas como o jaspe, safira, esmeralda, topázio, ametista e outras. Um lugar repleto de ouro puro, semelhante a vidro límpido. Alí João viveria para todo o sempre.
Realmente foi um sonho muito lindo que durou trinta dias em que esteve em coma no hospital. Quando acordou deste sonho descobriu que nunca mais poderia andar, nem falar; que sua esposa e filhas morreram vítimas das balas disparadas por aqueles bandidos.
Uma pergunta: “Será que a esposa e as duas filhas de João estão naquele Paraíso ou será que morreram para sempre?”


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segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

DINHEIRO SAGRADO

Honestidade e pessoas honestas sempre existiram. Você duvida disso?
Um milionário, porém, mesquinho feito um miolo de pão mucho perdeu uma maleta dourada com dez milhões de reais. Por causa disso, desta perda absurda, o homem caiu em depressão. Não queria mais relações sexuais com sua linda e sexy esposa; mandou com palavras todos os seus amigos para o inferno, enfim, o homem loqueou.
Tinha este milionário por costume molhar sua bunda na piscina de sua imensa e extraordinária mansão. Sim, apenas a bunda. Dizia ele que fazia isso todas as manhãs para refrescar o seu dia
Numa manhã de sábado, enquanto o milionário molhava sua bunda na piscina, um de seus empregados veio lhe falar.
- Com licença, Senhor Tem um homem num dos portões da mansão querendo lhe falar.
O milionário mau-humorado feito um cachorro louco diz:
- Não quero falar com ninguém. Quem ele é? Da funerária? Vendedor? Mendigo? Testemunha de Jeová?
- Diz ele que lhe traz boas novas.
O milionário enxuga sua bunda e diz:
- Mande-o entrar.
Que surpresa inesperada teve este milionário! Aquele homem de boa aparência estava com uma maleta nas mãos, mas, não era qualquer maleta. Era a maleta dourada com dez milhões de reais que o milionário havia perdido.

Pense num choro comovido. O milionário fez questão de lamber e chupar dedo a dedo dos pés daquele homem e, isto ainda não foi tudo. Deu a ele sua linda e exuberante mulher para passar duas noites de prazer numa das melhores suítes da mansão e, isto ainda não foi tudo. 


Quis recompensá-lo. Após duas horas contanto e recontando tanto dinheiro, o milionário conclui:
- Realmente, os dez milhões estão aqui e, eu, que nunca dei uma banana para ninguém, quero lhe dar metade desse dinheiro.
O estranho aparentemente humilde diz:
- Deste dinheiro não aceito, Senhor
O milionário surpreende-se:
- Vai recusar ganhar cinco milhões de reais? Mas, por quê?
- Porque este dinheiro é sagrado e pode lhe dar muita sorte se aplicá-lo. Ele é teu. Somente teu, entendeu?
- Sim, entendi. Então lhe darei um apartamento em Copacabana, no Rio de Janeiro, no valor de cinco milhões.
- Se queres realmente me recompensar Sr, humildemente aceito os cinco milhões em dinheiro vivo, porém, sem tocar neste aqui porque é sagrado.
O milionário leva o estranho para um banco e faz uma grande retirada. 

A operação foi um sucesso. O milionário passa nas de Honésio, cinco milhões de reais e ainda o agradece:
- Muito obrigado por ser tão honesto, Sr. Honésio e ter me devolvido a maleta dourada com o meu dinheiro.
Honésio sorri e lhe diz:
- Consegui localizá-lo por sua identificação, Senhor Obrigado também por ter me dado sua linda mulher por duas noites de prazer. Como é mesmo o seu nome?
- Cornélio.
- Bonito nome.

O milionário Cornélio se meteu foi numa fria. Três dias depois cercam sua mansão, três carros da polícia federal dando-lhes voz de prisão. Ele aplicou dez milhões de reais e toda a grana era falsa. O malandro Honésio levou nesse golpe quinze milhões de reais mais duas noites de prazer com Elizabetezer, a mulher do otário, ou melhor: do milionário.


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