Seja sincero com você mesmo: Já levou um fora? Acho que todo mundo já levou um ou mais na vida. O ser
humano, na regra geral, é imprevisível. Seu humor varia como varia o tempo em
clima tropical. De repente, dar um bom
dia para uma pessoa antipática, estúpida, grosseira é o mesmo que chama-la
pra briga; é o mesmo que dar bom dia
para um cachorro amarrado. Esse bichinho é estressado por natureza e, seu humor
é concentrado no maligno. Se um vendedor ambulante ou uma Testemunha de Jeová
(que costumam bater palmas nos portões) forem espertos, que levem uns ossinhos
com eles para oferecê-los aos cães, pois, é uma das formas para conquista-los.
Não é de cachorros que quero falar agora.
Levar um fora, em
muitos casos, pode ser muito pior, às vezes, do que levar um tapa na cara ou
uma surra dos Exus das encruzilhadas. A pessoa fica tão sem graça, por sem
querer, fazer uma pergunta idiota, que, sem ter para onde olhar, visualiza seus
pés e pergunta pra si mesma como é que pôde chegar tão longe. É uma sensação
assim horrível, isto é: menos para aqueles caras-de-pau,
que até se divertem com os foras
levados.
Às vezes, gente, a maldade alheia é tão grande, que, ser
delicado demais é sinônimo de gay para
muito homens. Se bem que, pelo menos para mim, os gays são as pessoas mais humanas que já pude conhecer. Na regra
geral, são dóceis, sentimentais e, principalmente, amigos de verdade. Se alguém
tem preconceito com gays,
conserte-se, pois, sua tese a respeito deles está completamente errada. Não é
de gays que quero falar agora.
Levar um fora é
natural, porque, embora muitos não concordem comigo, todo mundo tem um pouco de
louco. Quem pode me garantir que muitos, não pegam um espelhinho daqueles de
bolso e fica se admirando enquanto defeca? E como é que fica o semblante do peidorreiro? A curiosidade jamais matou
o gato e nem mataria, como pregam alguns. Os gatos são mais espertos do que
qualquer rato possa imaginar. Não é sobre gatos, ratos e loucos que quero falar
agora.
O fora, qualquer um
de nós está sujeito a levar. Não importa se o cara é bonito ou feio, juiz,
doutor ou mendigo. Assim como o sol nasce pra todos, o fora também existe pra todos.
Albert era um rapaz muito bonito, atraente que, a maioria das
mulheres chamava-o de lindo. Moreno alto, 1.80 m, físico de atleta, olhos
verdes, capaz de enlouquecer até mesmo as cadelas do mundo animal. Um tipo
assim, galão de cinema.
Albert com uma prancheta nas mãos e uma caneta abordava as
mocinhas em pleno centro de São Paulo, Capital, para uma pesquisa da Rádio Boa.
De repente, avistou uma linda loura do tipo social chupando um picolé num dos
bandos de uma praça e, sentou-se ao lado dela.
- Olá, meu nome é Albert e estou fazendo uma pesquisa para a
Rádio Boa. Seria possível, me responder algumas perguntas, começando pelo seu
nome?
A loura, dona de uma beleza excepcional, simpaticamente sorri
e responde:
- Meu nome é Patrícia.
- Patrícia, qual é o seu tipo de homem, assim, fisicamente
falando?
- Moreno alto, bonito e sensual, assim do seu tipo.
Albert ficou tão cheio que por pouco não se explodiu ou
cantou como um galo.
- Obrigado. Gosta de homens fortes?
- Sim. Não me sentiria protegida nos braços de um raquítico.
Albert suava frio de tão emocionado.
- Disse-me que seu tipo de homem é: moreno alto, bonito e
sensual e, também forte, certo? Casaria comigo?
Patrícia sorri e lhe responde:
- Jamais, por dois únicos motivos.
Albert fica surpreso.
- Por dois únicos motivos? Quais?
- Primeiro porque já sou casada e, por sinal, muito bem
casada. Segundo, porque você tem um terrível mau hálito. Dá licença, meu! Cai fora
porque meu marido está para chegar e pode sobrar para você.
Sai dessa agora bonitão.
Albert até que ensaiou em dar um sumiço assim daqueles fatal e total, no que se
levantou do banco da praça, tentou segurar, mas, não deu. Pelo menos fez uma
boa ação libertando um peido da prisão de seu ventre. Coitado.
Uma vendedora ambulante das mais lindas morenas vendia gel,
cremes e pomadas para massagens, de casa em casa. Avistou um velhinho sentado
na varanda e, por nada, poderia perder essa venda. Abordou aquele velhinho como
quem aborda o povo com aquela simpatia de Silvio Santos, (apresentador de TV).
- Bom dia, meu senhor, tudo bem? Por sinal, hoje realmente
está fazendo um lindo dia, não está?
A reação daquele velho deixou a vendedora surpresa.
- Vá direta ao assunto porque não tenho tempo a perder com
conversa fiada.
Vichi! A mocinha perdeu seu rebolado, mas, foi direta ao
assunto.
- E que estou vendendo uns gel, cremes e pomadas importadas
que têm curado muita gente dos diversos males como reumatismo, artrose, dores
na coluna, calos, frieiras, esporão nos pés e até mesmo chulé.
O velho muito mau humorado faz um gesto com as mãos para ela
ir embora e responde zangado:
- Isso aí tudo é caô, menina. Não vale nada. Tome vergonha na
cara e vai trabalhar num serviço fixo com registro em carteira e tudo e, terá
muitos benefícios do governo.
Realmente, aquela mocinha tão doce ficou sem graça e, ao
mesmo tempo, com vontade de dizer poucas e boas para aquele velhinho que, quem
não o conhecesse diria que ele era humilde. A mocinha achou melhor dar o fora
da varanda da casa daquele velho.
- Tenha um bom dia, meu senhor.
O velho resmunga:
- E você também, se tiver vergonha na cara e ir trabalhar num
emprego fixo.
Acreditem se quiserem e, se puderem: isso estragou o dia
daquela tão simpática mocinha e, pode estragar o dia de qualquer um.
(Não percam a sequencia)
doutorboacultural.blogspot.com/
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