Pensem numa mulher boa, caridosa e tão carinhosa feita à
mamãe cadela dando de mamar pros seus filhinhos cachorrinhos. Assim era
Raimunda, uma mulher capaz de competir com Deus, (o dono do mundo e, isto
inclui o oceano pacífico) de tão grande que era o seu amor.
Raimunda fazia o bem sem olhar a quem; doava alimentos,
roupas e bom dinheiro a todos os necessitados que a procurassem. Tinha um
coração do tamanho gigante, se bem que sofria de chagas, aquela doença que faz
o coração crescer, mas, isso, não tinha nada haver com o excesso de sua
caridade.
Leopoldo (o gordo) era seu único filhinho que valia por dois.
O moleque era uma bola. Ela o mimava demais feito uma gata que gosta de lamber
seus filhinhos peludinhos, gatinhos.
Sábios de Los Angeles, (bairro de Curitiba, Paraná), onde
morava Raimunda com seu filhinho, achavam que ela não regulava bem das ideias e
eu explico por que. Bastava qualquer visita chegar à casa de Raimunda e, ela
toda orgulhosa, chamava seu filhinho Leopoldo (o gordo) e dizia com voz clara
para ele:
- Peide, filhinho.
E Leopoldo (o gordo) ficava vermelho, não de vergonha, mas,
sim porque fazia força e soltava altos peidos bem volumosos capaz de
acordarem as velhinhas que adoram um cochilo.
Sucedeu que um dia, bate palmas no portão da casa de
Raimunda, um velhinho, aparentemente humilde e lhe faz um pedido:
- Dona Raimunda, dizem que a senhora é generosa, carinhosa e
caridosa e que adora doar. Preciso de apenas R$ 500,00 (quinhentos reais) para
comprar um super Nintendo para o meu
netinho.
E Raimunda sorri feito um anjo que acaba de ser promovido por
Deus e diz:
- Super Nintendo?
Entendo.
E aquele velhinho sai pulando feito aquele coxo bíblico
(curado na porta da igreja por Pedro e João em nome de Jesus) de tão feliz que
ficou com o cheque de R$ 500,00 (quinhentos reais que ganhara de Raimunda, a
doadora de tudo, inclusive de sua própria fortuna que lhe deixou Pelé branco,
seu falecido pai).
Outro dia, logo pela manhã de um dia horrível, chuvoso, batem
palmas em seu portão dois homens de terno e gravata e estavam de caminhão
vendendo guarda-chuvas. Raimunda compra duzentos e cinquenta guarda-chuvas que
era tudo que tinham. Que mulher boa, sapinhos da lagoa!
Outro dia batem palmas em seu portão três senhoras bem idosas
pedindo uma doação em dinheiro para que fossem pro Maracanã (estádio) no Rio de
Janeiro assistir a grande final da Copa das Confederações: Brasil e Espanha.
Raimunda foi tão generosa para com elas que doou logo sua F1000 zero bala (que
tinha apenas uns furinhos de balas perdidas) e mais milão para elas gastarem em pipocas. Que mulher generosa, Rosa!
Outro dia, bate palmas em seu portão, um homem sério, de nome
Honésio e lhe faz um pedido.
- Dona Raimunda, sou um anjo enviado por Deus e tudo o que
lhe peço é muito pouco: pretendo montar um negócio no Egito, (terra dos grandes
faraós já falecidos) e, necessito de pelo menos 1.000.000 (hum milhão de
dólares) para isto.
Raimunda olha séria para aquele homem e faz uma pausa. Olha
novamente e se apaixona no ato. Doa para Honésio não só apenas 1.000.000 (hum
milhão de dólares, como sua indústria de salgadinhos paraguaianos, suas
fazendas americanas, seus trinta e três helicópteros, sua bicicleta caloi 10
(lembra?) e etc.). Vichi! Raimunda pirou, doutor! Doou tudo e mais um pouco
para Honésio e, isto inclua até mesmo a sua própria fortuna. Para que isto
acontecesse, oficializado em cartório e tudo, Honésio teria que se casar com
ela e é claro que ele se casou. Hoje, Honésio é um bilionário e, onde está Raimunda
com o seu filhinho Leopoldo (o gordo), meu Deus? Ninguém sabe do sucedido.
Honésio deu um perdido dos gordos em Raimunda e seu filhinho. Que coisa feia,
Sô! Hoje o povo chora pelo sumiço de Raimunda, a doadora de tudo, aquela que
gostava de doar até a sua fortuna. Hê, hê, hê, hê!
doutorboacultural.blogspot.com/
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