quarta-feira, 1 de agosto de 2012

DOUTOR BOA RESPONDE (PARTE 8)



- Meu nome é Ismael, tenho 48 anos. Apesar de eu não ser adepto a religiões gostava muito de ajudar os outros, porém, quando me encontrava em apuros, principalmente financeiros ninguém me ajudava. Acho que as pessoas, na regra geral, são ingratas. Não ajudo mais ninguém.
DR. BOA:
- Ismael, não fique esperando recompensas ao praticar boas ações, pois, elas virão no tempo certo. O sentimento de gratidão é exaltado pela vida e, isto sim é divino. Quem planta, colhe; quem dá, recebe. Ao invés de ficar criticando os outros, elogie-os até mesmo aqueles que foram ingratos com você. Se estes elogiados estiverem ausentes, sua atitude será mais educada ainda e, com certeza, quem será exaltado pelo Autor da Vida, será você.

- Meu nome é Eduardo, tenho 53 anos. Caramba, Doutor! Não sei o que acontece comigo, pois, tudo o que eu faço da errado. Sou profissional, desenho há mais de quarenta anos e meu trabalho não é reconhecido. Fico revoltado com isso e, quer saber? Nem teto eu tenho para morar. Alguém precisa me ajudar.
DR. BOA:
- Ninguém é obrigado a lhe ajudar a não ser você mesmo. Se teu trabalho não está sendo reconhecido é porque alguma coisa está errada com ele ou com você. Cative boas amizades, sem depender delas para o seu sustento; pois, boas amizades valem muito mais do que todo o ouro e toda a prata deste mundo. Não espere nada de ninguém porque isso é ridículo. O resultado de todo o trabalho costuma dar bons resultados, inclusive um teto para morar.

- Meu nome é Lucas, tenho 22 anos. Tenho o meu trampo, alguns camaradas e uma mina, a qual eu me amarro pacas, porém, ela é muito chata e careta: implica comigo porque curto um baseado. Pô! Já foi comprovado pela medicina que baseado é até remédio, Doutor!
DR. BOA:
- Corra louco! Todo remédio é droga. O semblante de todo viciado nesta porcaria que você chama de remédio é feio, apagado, deprimente, medonho, satânico, sem graça. Para relaxar, tome uma injeção de maracujina em sua bunda e imagine uma peidorreira de sementes. Mude seu vocabulário, pobre diabo. Gírias ficam lindas nas bocas dos nóias e quem gosta delas ou deles é a paranóia.

- Meu nome é Agnalda, tenho 50 anos. Sou temente a Deus, mas, de vez em quando eu gosto de tomar umas cachaças, porque meu marido e meus quatro filhos são todos “nóias”, uma cambada de vagabundos que não prestam pra nada. Então, eu tomo uns goles e incorporo a “Pomba-Gira Cigana” e eles a respeitam. Limpam a casa e até cozinham. Na verdade, eu queria ficar incorporada direto, Doutor, mas, aí vou me lascar devido à bebida. O que eu devo fazer?
DR. BOA:
- Agnalda, assuma que a “nóia” maior dessa paranóia de vida que você está levando é você; é alcoólatra e, a única coisa que incorpora em você é a cachaça. Temente a Deus?! Pula santa! Se teu marido e teus filhos são uma cambada de vagabundo expulse-os de sua vida ou arrume uma ocupação para eles, porém, faça isso de cara limpa; não fique fazendo teatros dizendo que está incorporada porque isso pode ser muito perigoso. Não brinque com o oculto, pois, você pode ser vítima dele mais tarde.

- Meu nome é Vinícius, tenho 40 anos. Minha namorada tem 22 anos, é gata demais, porém, tem um péssimo gosto musical. Ela acha brega curtir uma MPB, músicas internacionais e até um rock das antigas que é o que eu gosto. Ela curte um som moderno da música brasileira, que me perdoe Doutor, além de brega, é ridículo.
DR. BOA:
- Perdoar você de que, caro Vinícius? Você é uma pessoa normal e sabe definir o musse da banana das fezes em diarréia. A juventude de hoje, na regra geral, não entende de nada, principalmente de música. Se ela realmente gosta de você vai procurar te ouvir, porque, afinal, você é mais velho do que ela; por outro lado, ouça ela também e tente extrair o melhor que ela tem a lhe oferecer, ok? Inteligentemente, prove do filé (que é a parte melhor) e o resto fica para os “Bidúzinhos da vida”.

- Meu nome é Osmar, tenho 45 anos. Minha esposa tem uns hábitos que estou odiando, Doutor. Ela, em nossas relações sexuais, enfia seu dedo médio no meu reto e, nessa hora, meu tesão brocha. Outra coisa: ela quer que eu a penetre por trás, em seu reto. Acho isso ridículo. Só que, de uns tempos pra cá, nem sexo ela está querendo mais comigo. Diz sempre que está co muita dor nas pernas e, creio que ela está sendo sincera, porque às vezes, chega mancando em casa. Amo ela demais, só que eu queria que ela mudasse seus hábitos, Doutor.
DR. BOA:
- Caro Osmar, existem prazeres sexuais absurdos. Concordo com você, plenamente, que esse negócio de enfiar o dedo no reto, além, de antiético é obsceno, sujo, imoral. O coito anal, em minha opinião é um prazer doentio. A única função do ânus que eu conheça é defecar, expelir o que não é necessário para o organismo. Sua mulher jamais vai desistir de um prazer enquanto não realizá-lo, entende? A dor que ela está sentindo não seria exatamente nas pernas, compreende? Mude de vida, caso não queira perdê-la.

- Meu nome é Aparecido, tenho 84 anos. Pra ir direto ao assunto: pra sexo eu não presto mais. Minha velha me agrada, chega a cheirar e lamber até o meu escroto e, não tem jeito: meu pênis não sobe nem com reza brava, Doutor. É triste eu saber que, por causa disso, ela me mete chifre. O que eu devo fazer?
DR. BOA:
- Caro Aparecido, nem tudo na vida é sexo. Você já teve sua maturidade e, já provou das delícias da carne. Quando o boi era boy, era touro, hoje é um côrno. Chega uma hora na vida que a única coisa que tende a subir é o espírito para Deus, meu velho. Bate um papo legal com sua velha e, procurem se interessar pelas coisas do espírito, porque logo, vocês embarcam. A carne envelhece, morre e apodrece vovô. Mas, caso queiras insistir e persistir, faça o seguinte: ovos de patas com cascas (2), caracus (1) amendoim em paçocas (8). Bata tudo num liquidificador e tome três cálices diários. Vai fazer com que você relembre seus tempos de flask-back juvenil, vovô.

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